De acordo com o presidente executivo do SindiTelebrasil, Marcos Ferrari, há questões a serem equacionadas, como a adoção da Lei das Antenas pelos municípios, para favorecer uma expansão maior dos serviços.
O setor de telecomunicações precisa de segurança para investir no 5G no País.Esta foi a tônica de debate realizado no Workshop 5G no Brasil, organizado pela Network Eventos e realizado na terça-feira, 05/11, em Brasília. Ao participar do evento, o presidente do SindiTelebrasil, Marcos Ferrari, lembrou que um estudo do Banco Mundial coloca o Brasil nas últimas posições no quesito qualidade regulatória.
“O setor requer segurança regulatória para poder investir. Isso significa garantir retorno para o investimento. E existem várias questões que ainda precisam ser resolvidas. Uma delas é a Lei das Antenas, pois dificilmente vamos conseguir fazer um avanço significativo em 5G se não houver entendimento e o efetivo cumprimento da lei para que as coisas se desenvolvam como estamos esperando”, acrescentou o executivo.
Ferrari lembrou que persistem as dificuldades para a implantação de infraestrutura de telecomunicações nos municípios, mesmo após a sanção da Lei das Antenas, em 2015. Insistiu que segurança perante o futuro é condição crucial para a atração de investimentos. “As surpresas regulatórias não podem existir para que possamos, como empresários, tomar as decisões corretas de investimento”, reforçou.
O governo assegura estar atento a essas questões. “Já lançamos uma consulta pública sobre a estratégia brasileira para as redes 5G que aborda radiofrequência, outorga, pesquisa e segurança”, emendou o assessor especial do MCTIC Maximiliano Martinhão.
A Anatel apontou para o avanço nos debates e para o fato de a proposta de edital já à mesa trazer um alinhamento com o resto do mundo, centralizando como faixa pioneira para o 5G os 3,5 GHz, além de incluir a chamada faixa milimétrica, no caso do Brasil em 26 GHz.
“Estamos alinhados com o mundo, com segurança regulatória e para os investimentos. E vamos ver que o 5G trará bilhões de investimentos não só na cadeia de telecomunicações, mas também em outras verticais”, indicou o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da agência, Vinícius Caram.Para os fornecedores de tecnologia, o 5G vai trazer para o Brasil a exploração de novos mercados, e há expectativa de geração de uma receita extra de US$ 1 trilhão em até cinco anos, o que significa um avanço sem igual não apenas para o setor de telecomunicações, mas também para todas as cadeias produtivas da economia nacional. Assista à entrevista com o presidente executivo do SindiTelebrasil, Marcos Ferrari.