5G: licitação de frequências só em 2019 pode deixar o Brasil atrás no cenário mundial

O coordenador do 5G Summit, professor Flávio de Oliveira Silva, diz que o desenvolvimento da tecnologia 5G requer o envolvimento de diferentes setores da sociedade. Ele ressalta que o governo tem papel relevante no estímulo à pesquisa & desenvolvimento.

Para a tecnologia 5G desenvolver-se no Brasil, será necessário o envolvimento de diferentes setores da sociedade, aponta Flávio de Oliveira Silva, professor da Universidade Federal de Uberlândia e coordenador do 5G Summit, evento realizado no Painel Telebrasil 2018.

Segundo o especialista, o papel do governo é relevante, uma vez que o Poder Executivo trata da regulação, da normatização e da definição de frequência, mas atua no fomento à formação de recursos humanos e ao estímulo à pesquisa e desenvolvimento.

Para o professor Oliveira Silva, o projeto 5G Brasil é uma articulação importante para que o País tenha um papel de destaque no cenário mundial na evolução da tecnologia. Quanto às faixas de frequências a serem usadas, ele destaca que há um leque amplo que vai compor o 5G, desde as mais baixas, passando pelas médias, como o 3,5 GHz, até as mais altas, acima de 24 GHz.

O coordenador adverte, porém, que a sinalização do governo de licitar a frequência para o 5G apenas no segundo semestre de 2019 pode deixar o Brasil atrasado no cenário mundial de adoção da tecnologia, mas reconhece que há um arcabouço legal que está sendo respeitado. Assistam à entrevista.

5G: licitação de frequências em 2019 pode deixar o Brasil atrás no cenário mundial