Uma das novidades do Painel Telebrasil 2018 é a realização paralela do IEEE 5G Brazil Summit para discutir os rumos da tecnologia no País e no mundo. ”A próxima geração é ainda mais disruptiva e fará com que pessoas e máquinas fiquem conectadas de forma permanente”, observa o coordenador do evento do 5G, professor Flávio de Oliveira Silva, da UFU.
Pela primeira vez, o Painel Telebrasil, que acontece de 22 a 24 de maio, em Brasília, será palco do IEEE 5G Brazil Summit, um fórum que incentiva líderes da indústria, inovadores e pesquisadores da indústria móvel a colaborar e a trocar ideias sobre a próxima geração da tecnologia móvel. Durante um dia, o IEEE 5G Brazil Summit vai mostrar que o 5G é um dos motores da revolução digital e possibilitará uma sociedade em que pessoas e máquinas estejam conectadas de forma permanente.
Em entrevista à Newsletter da Telebrasil, o coordenador do IEEE 5G Brazil Summit, professor Flávio de Oliveira Silva, da Faculdade de Computação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), sublinhou que a proposta do 5G não é apenas aumentar a capacidade de vazão do transporte de dados, como aconteceu com as gerações anteriores – 3G e 4G. Segundo ele, o 5G tem uma meta mais abrangente.
“Além de oferecer uma banda larga móvel ampliada (enhanced Mobile Broadband – eMMB), o 5G pretende oferecer suporte a comunicações ultra confiáveis e de baixa latência (Ultra-Reliable and Low-Latency Communications – URLLC) e comunicações massivas entre máquinas (massive Machine-Type Communications – mMTC). Isso permitirá a utilização das redes móveis em diferentes verticais de mercado, como automóveis, energia, alimentos e agricultura, gestão de cidades e governo, saúde, manufatura, transportes públicos e muitas outras”, afirmou.
Segundo o coordenador do IEEE 5G Brazil Summit, o 5G vai sofrer alterações profundas tanto no acesso (Radio Access Network – RAN) quanto em sua arquitetura (Service and System Aspects – SA) e será uma rede cada vez mais baseada em software, programável e flexível. “Essa nova rede permitirá que as prestadoras de serviço móvel possam ir além da comunicação pessoal. Elas vão atuar também como provedoras de serviços e de soluções nesses diferentes mercados. A próxima geração das redes móveis permitirá a criação de uma nova geração de aplicações e serviços, que vão mudar a nossa sociedade”, reforçou.
Para Flavio de Oliveira Silva, no Brasil, do ponto de vista da infraestrutura nacional de telecomunicações, há várias frentes para avançar, entre elas, a disponibilidade de espectro, a infraestrutura de rede ótica para implementação de fronthaul/backhaul e a capilaridade dos datacenters.
Ele destacou que a faixa candidata a suportar o serviço no País é a 3.500 MHz, que possui uma largura de banda de 200 MHz (3.400 a 3.600 MHz). Mas há também a opção do uso das faixas hoje alocadas para os serviços 2G e 3G. “Isso significa que as faixas de 700, 850, 1.800, 2.100 e 2.500 MHz poderão, naturalmente, evoluir para o 5G, principalmente quando se considerar a agregação das mesmas”, completou.
O IEEE 5G Brazil Summit é promovido pelo Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), organização que colabora no incremento da prosperidade mundial, promovendo a engenharia de criação, desenvolvimento, integração, compartilhamento e o conhecimento aplicado no que se refere à ciência e tecnologias da eletricidade e da informação, em benefício da humanidade e da profissão.
O evento será realizado no dia 22 de maio dentro das Sessões Temáticas do Painel Telebrasil 2018. Veja a programação do IEEE 5G Brazil Summit (http://paineltelebrasil.org.br/programacao-st/) e saiba como se inscrever (http://paineltelebrasil.org.br/inscricoes-2/)