Em defesa do estudo da UIT sobre banda larga do País
Para o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Pessoal (SindiTelebrasil), o documento apresentado há um mês pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), mostrando que o preço da banda larga fixa no Brasil é de US$ 16,91, traz dados mais realistas a respeito do mercado brasileiro de internet rápida. De acordo com o levantamento, o Brasil subiu 14 posições no ranking que registra os valores da cesta de serviços de banda larga fixa entre 165 países. Veja mais.
“SindiTelebrasil reforça estudo da UIT que diz que banda larga no Brasil custa 21% da média mundial
Brasília, 19 – O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Pessoal (SindiTelebrasil) reitera que estudo apresentado há um mês pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), mostrando que o preço da banda larga fixa no Brasil é de US$ 16,91, traz dados mais realistas sobre o mercado brasileiro de internet rápida.
O estudo da UIT Measuring the Information Society 2011 mostra que o valor de US$ 16,91 representa 21% do preço médio mundial da banda larga, que é de US$ 78,90, para uma franquia mensal de download de 1 Gigabyte. Pelos dados da UIT, o Brasil melhorou 14 posições no ranking que registra os valores da cesta de serviços de banda larga fixa entre 165 países.
A UIT revelou ainda que, desde 2008, os preços dos serviços de internet rápida no Brasil caíram quase pela metade. Naquele ano, o estudo da UIT apontou para uma cesta de US$ 28. O levantamento da UIT de 2011 mostra uma queda na participação percentual do preço da cesta da banda larga fixa na renda média bruta per capita brasileira, de 6,9% em 2008 para 2,5% em 2010.
As prestadoras de telecomunicações, que atuam em regime de competição acirrada, oferecem no Brasil uma diversidade de serviços de banda larga, inclusive em velocidades bastante superiores a 1 Mbps. Na banda larga fixa, por exemplo, os brasileiros que vivem em municípios que concentram mais da metade da população do País têm acesso a planos de até 15 Mbps, com um custo médio de R$ 8,80 por Mbps, com impostos, o que representa US$ 5 na cotação atual. Na banda larga móvel, presente por meio das redes de terceira geração (3G) em 1.691 municípios, onde moram 76,8% da população brasileira, há ofertas de velocidades máximas de 1 Mbps por R$ 29,90 (US$ 17,02), com impostos.
Pelo projeto de banda larga popular, são oferecidos pelas prestadoras serviços de banda larga a R$ 35, por uma velocidade máxima de 1 Megabits por segundo (Mbps). Nos Estados em que há isenção da cobrança de ICMS sobre os serviços de internet rápida, o preço cai para R$ 29.
O SindiTelebrasil estranha os preços da banda larga no Brasil apresentados em estudo da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). “Esse levantamento não reflete os reais preços praticados pelas prestadoras de telecomunicações. Basta olhar os jornais de hoje ou os sites de nossas associadas para constatar os valores, que são muito menores que os apresentados pelo estudo, apesar da alta carga tributária brasileira”, afirmou o diretor-executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, que é membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O Sindicato reitera ainda o trabalho constante das empresas para massificar os serviços de internet rápida no Brasil, ampliar a qualidade e baixar preços.”