A CEO da companhia, Flavia Bittencourt, afirma que existem muitas perguntas abertas sobre o futuro, mas que a pandemia impôs um ritmo de novos desenvolvimentos.
No caso da Adidas, uma das novidades é um tênis com chip para fazer medições das corridas com envio de dados para uma plataforma.
O ano de 2020 será marcado como uma época de experimentações no varejo, impulsionadas pela pandemia da Covid-19, afirmou a CEO da Adidas Brasil, Flávia Bittencourt, ao participar do debate O que esperar do 5G?, realizado nesta terça-feira, 29/09, no Painel Telebrasil. Acrescenta-se às transformações, a chegada do 5G, uma oportunidade para abrir frentes de atuação ainda não exploradas. A pandemia, relatou a executiva, serviu para testes de novos modelos. No caso da Adidas, com os consumidores em casa, as vendas online dobraram.
“Experimentamos uma série de ações, como vender pelo WhatsApp e o uso da realidade aumentada no aplicativo. Tem uma série de novas tentativas e não só do lado comercial, mas também em aproveitar o momento para inovar”, contou Flávia Bittencourt. Entre os projetos está um tênis com chip para fazer medições do desempenho e enviar dados a uma plataforma, de forma a inserir o praticante em corridas virtuais, conectando-se com milhares de corredores no mundo. Outro lançamento é uma chuteira com chip capaz de medir a força do chute e a distância percorrida pela bola, com os dados podendo ser enviados para jogos online, fazendo uma ponte entre o virtual e o presencial.
“Tudo começa a ser mais possível, mesmo exemplos simples, como me conectar a uma reunião pelo telefone com meu chefe em um trem na Europa e a equipe no Panamá. Conseguimos ficar conectados por duas horas”, contou. A CEO da Adidas Brasil disse não ter dúvidas de que a pandemia acelerou tendências e mostrou que serviços como telemedicina e mudanças como trabalhar de casa são possíveis.
“As pessoas nunca imaginaram ter de treinar dentro de casa”, exemplificou. Para Flávia Bittencourt, a pandemia deixou patente que já é possível viver a era dos Jetsons e o momento é de repensar diversas atividades. “Existe uma série de perguntas em aberto: quanto o consumidor paga, como ficam os impostos, mas é fato que já vivemos um novo momento e temos de nos preparar”, concluiu a executiva.
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