Objetivo do banco de fomento é estimular uso de casos em cidades inteligentes, áreas rurais e saúde. Cronograma prevê indicar as selecionadas no final de outubro. Primeira chamada pública tem R$ 20 milhões em financiamentos não reembolsáveis.
O BNDES lançou, no dia 14 de junho, a primeira chamada pública para estimular o ecossistema relacionado à Internet das Coisas (IoT), dando sequência ao plano nacional para esse segmento. São R$ 20 milhões para projetos piloto em cidades inteligentes, áreas rurais e saúde, em financiamentos não reembolsáveis. Além disso, o banco de fomento vai abrir uma linha específica para emprestar as contrapartidas das iniciativas selecionadas.
“A bola da vez do mundo hoje é a Internet das Coisas. Nosso objetivo é preparar o Brasil para viver a utilização e implantação da Internet das Coisas no mesmo momento dos outros países”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, ao participar da cerimônia de lançamento da iniciativa, no Rio de Janeiro.
O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, emendou que o Brasil pode se posicionar com essa nova onda tecnológica. “Chips e sensores representam uma parte pequena do custo. A grande agregação de valor está na integração, na construção de soluções e na melhor utilização das informações. E nesse particular o Brasil tem grande competência e pode tirar proveito.”
Como informou o superintendente da Área de Indústria e Serviços, Julio Ramundo, o BNDES trabalha numa chamada de R$ 20 milhões em recursos não reembolsáveis para montar uso de casos junto com empresas de tecnologia e institutos tecnológicos. O banco, acrescentou Ramundo, já tem à disposição 15 fundos de venture capital, capital semente e investimento anjo.
“São R$ 600 milhões disponíveis para aplicação nessas tecnologias por meio de fundos de capital de risco. E vamos ter ainda uma linha facilitada, rápida. Vamos baixar o limite de acesso direto ao BNDES para R$ 1 milhão para fazer crédito para empresas nessa área. Uma linha ágil para empresas na área de IoT”, completou.
Na prática, o BNDES poderá aportar até R$ 2 milhões pela linha não reembolsável. Com isso, o aporte mínimo de contrapartida dos esperados consórcios entre fornecedores, institutos de tecnologia e consumidores pela nova linha de financiamento será de R$ 1 milhão, mas com expectativa de que seja maior.
As propostas devem ser submetidas ao BNDES até 31 de agosto próximo. O banco espera indicar quais foram as selecionadas em até 60 dias depois dessa data. Mais informações estão disponíveis em www.bndes.gov.br/pilotosiot.