País ocupa a 125ª posição em habilidades digitais e é o penúltimo colocado, perdendo apenas para a Venezuela, como preparado para o futuro. Os dados são do ranking internacional de competitividade do Fórum Econômico Mundial.
O Brasil caiu mais três posições e está na 72ª posição no ranking internacional de competitividade, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial. Pelo levantamento, países como Armênia, Bulgária ou Romênia têm hoje economias mais competitivas que a brasileira. O País também é o menos competitivo entre os membros dos BRICS e, mesmo na América Latina, aparece apenas na 8ª posição.
Para chegar a essa constatação, a entidade avalia dezenas de indicadores, divididos em doze pilares. Um dos mais problemáticos para o País é a avaliação de suas instituições. Entre 140 países avaliados, o Brasil ocupa a última posição no que se refere à carga de regulação do setor público. A pontuação é afetada pela percepção elevada de corrupção (80º colocado) e o baixo desempenho do setor público. Entre todos os países avaliados, o Brasil ocupa a modesta 93ª posição no ranking das instituições.
Os dados seguem poucos positivos para o Brasil. No levantamento do Fórum Mundial, o governo brasileiro é ainda visto como um dos menos preparados para o futuro, aparecendo apenas na 129ª colocação nesse critério. O último lugar é da Venezuela. Não por acaso, o Brasil aparece entre os últimos colocados em habilidades digitais (125º lugar), facilidade em encontrar mão de obra qualificada (127º), qualidade de universitários (124º) e qualidade do ensino (125º).
O estudo do Fórum Mundial adverte ainda que maior competitividade não significa direitos abandonados. “Trabalhadores das dez economias mais competitivas trabalham em média cinco horas a menos por semana do que trabalhadores de países do BRICS”, comparou. Há pontos positivos a serem enumerados para o Brasil, entre eles a capacidade de inovação (40º colocado). Mas o Fórum insiste que a economia nacional continua abaixo de seu potencial nesse aspecto.
“A integração pobre de políticas e a falta de coordenação entre os setores público e privado estão entre os fatores institucionais que inibem esse desempenho”, indica a entidade. A inovação ainda não foi traduzida no dinamismo do setor empresarial e Davos sugere que o Brasil adote políticas para integrar esse avanço nas políticas industriais. De acordo com uma das principais responsáveis pelo ranking, Saadia Zahidi, a liderança em termos de competitividade internacional é da economia dos EUA, seguida por Cingapura e Alemanha.
A Associação Brasileira de Telecomunicações já apresentou em edições passadas do Painel Telebrasil proposta para colocar o País, neste ranking, entre os 20 países mais competitivos. E a solução passava, e ainda passa, pelo uso das soluções com TICs como alavanca inovadora e estruturante do desenvolvimento econômico.