Brasil soma 234 milhões de smartphones ativos

País possui 424 milhões de dispositivos digitais ativos, adicionando os desktops, notebooks e tablets, revela a 31ª Pesquisa Anual do FGVcia/São Paulo. Hoje, apura o estudo, se vende quatro smartphones para uma TV.

O Brasil soma 424 milhões de dispositivos digitais – desktop de mesa, notebook, tablet e smartphone – em uso no Brasil, ou em média, quase dois dispositivos digitais por pessoa, de acordo com estudo divulgado nesta quinta-feira, 04/06, pelo FGVcia, Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) sobre o mercado de Tecnologia da Informação.

Em 2019, o Brasil somava 420 milhões de dispositivos digitais, sempre com os smartphones ganhando forte destaque, representando, hoje, 55,1% de todos os dispositivos ativos. Em relação à quantidade de smartphone, a pesquisa aponta que o País permanece com mais de 1 por habitante em uso no Brasil. Ao todo, são 234 milhões de celulares inteligentes (smartphones). Ao adicionar notebooks e tablets, são 342 milhões de dispositivos portáteis em junho 2020, ou seja, 1,6 dispositivo portátil por habitante.

O levantamento, feito a partir de amostras com 2.622 médias e grandes empresas, apura que, hoje, vende-se quatro smartphones para uma TV e uma TV por cada computador, tanto no Brasil, Estados Unidos e no mundo. “Através dos resultados divulgados, podemos observar que está cada vez mais comprovado o processo de Transformação Digital das empresas e da sociedade. Com PCs e smartphones temos a relevância da tecnologia para o Brasil”, revela Fernando Meirelles, coordenador do estudo.

Ao ser indagado sobre o cenário para 2020, o professor Meirelles disse que o aumento do trabalho em home office apresenta uma tendência de maior uso e de venda de computadores. Os smartphones, acrescenta o executivo, também têm um novo cenário.  “Muitas pessoas, em função da pandemia, especialmente nas classes C, D e E buscaram, no começo da pandemia, atualizar seus dispositivos para poder ter acesso a novos aplicativos e ferramentas como a da educação a distância”, completa.

O estudo mostra ainda a preocupação das empresas em investir em tecnologia, uma vez que o gasto e investimento em TI cresceu para 8% da receita das empresas em 2019, mesmo com a crise econômica e se manteve estável em relação a 2018. “As companhias entendem que tecnologia não é um gasto. É um investimento para consolidar os negócios. Este ano, a pandemia acelerou a transformação digital e a digitalização, o que reverterá em mais aporte em big data”, exemplifica Fernando Meirelles, que conduz esse levantamento há 31 anos.