“É preciso eliminar restrições às antenas de celular e reduzir o tempo das autorizações. Sem conectividade, não adianta ter serviços digitais”, afirma o presidente da Teleco, Eduardo Tude.
O Fórum Cidades Inteligentes, IoT e Conectividade: Perspectivas e desafios, realizado pelo SindiTelebrasil e pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), no dia 3 de outubro, em Belo Horizonte, reforçou o papel da conectividade como a base para a digitalização de serviços e melhoria da qualidade de vida nas metrópoles.
Entretanto, ainda há regras municipais e estaduais ultrapassadas que estão travando os investimentos na ampliação das redes urbanas, lamentou Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, responsável pelos rankings nacionais Serviços das Cidades Inteligentes e Cidades Amigas da Internet. Isso vem ocorrendo em grandes cidades, como Belo Horizonte e São Paulo, que estão entre as últimas colocadas no ranking.
“É necessário mudar a lei para eliminar uma série de restrições que existem para colocar as torres, como as que exigem distância de 500 metros entre as estações radiobase (ERBs), assim como liberar a colocação de infraestrutura de pequeno porte”, observou Tude.
Segundo ele, esses seriam os primeiros passos, mas também é urgente simplificar e reduzir o prazo de mais de seis meses para se conseguir uma autorização para a instalação de torre ou ERB. “O ideal é ter um processo online. Existem exemplos, como o de Fortaleza, onde o processo é autodeclaratório e em menos de 24 horas se tem essa autorização”, acrescentou. Assistam à entrevista.