Redes 4G já chegam a 4.122 municípios, onde mora 94,4% da população do País. Um avanço ainda maior demanda uso de fundos setoriais e atualização do marco regulatório.
A cobertura do 4G no Brasil cresceu 44% em um ano, segundo balanço de julho da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). As redes de quarta geração já estão em 4.122 municípios brasileiros, onde mora 94,4% da população. A cobertura de 3G, por sua vez, alcançou 5.301 municípios, onde mora 99,3% da população brasileira.
Essa disponibilidade, de quase 100%, mostra que os serviços de celular e internet móvel no Brasil são para todos. Além disso, os preços no Brasil estão entre os mais baixos do mundo, em quarto lugar, segundo levantamento da Consultoria Teleco, atrás apenas da Índia, China e Rússia, na internet pré-paga. Soma-se a isso o fato de que o celular é um serviço que pode ser usado imediatamente após a ativação do chip e tem um uso intenso. Segundo a pesquisa PNAD, do IBGE, 96% dos internautas brasileiros usam o celular e consultam seus aparelhos 78 vezes por dia.
No período de 12 meses, de julho de 2017 a julho de 2018, 1.271 novos municípios receberam as redes de 4G. A atual cobertura das redes de quarta geração é quase quatro vezes superior à última obrigação estabelecida nos leilões das licenças de serviços móveis, de 1.079 municípios. Um avanço ainda maior, com impacto direto no crescimento do País, demanda uso de recursos dos fundos setoriais e atualização do marco regulatório, permitindo que os investimentos sejam feitos em banda larga e não mais em telefonia fixa, como obriga a atual legislação.
De acordo com o balanço de julho, 36 milhões de novos chips 4G foram ativados em 12 meses. Ao todo, o País já tem 120,6 milhões de chips 4G e 67,3 milhões de chips de 3G. No total, o Brasil conta com 207 milhões de acessos à internet pela rede móvel. Considerados os acessos fixos e móveis, os dados de julho mostram um total de 238 milhões de acessos no País. Destes, 30,5 milhões são em banda larga fixa, segmento que cresceu 9,5% em 12 meses, com 2,6 milhões de novos acessos.
Esses números mostram que as empresas, desde a privatização, realizaram o maior programa de inclusão social do País, graças a elevados investimentos, de cerca de R$ 28 bilhões ao ano. As telecomunicações e as TICs melhoram a produtividade e a competitividade e são essenciais para o desenvolvimento sustentável do País. Para isso, precisam ser consideradas como prioridade nacional.