Fust e obrigações do edital do 5G serão essenciais para ampliar a conectividade e beneficiarão o campo

A gerente de Relações Institucionais e Governamentais e de Comunicação da Conexis participou de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir a conectividade e inovação no meio rural

Brasília, 12/07/22 – O uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e as obrigações previstas no edital do 5G serão essenciais para ampliar a conectividade nas áreas rurais. A avaliação é da gerente de Relações Institucionais e Governamentais e de Comunicação da Conexis Brasil Digital, Daniela Martins.

Durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, Daniela destacou que 2022 poderá ser um marco para a conectividade, caso de fato seja iniciado o uso de recursos do Fust para ampliar o acesso à internet em regiões que demandam o serviço, como áreas rurais e escolas públicas.

“A gente conseguiu que a conectividade fosse ligada a políticas públicas voltadas às regiões mais necessitadas, muitas delas rurais e regiões carentes. Quanto mais conectividade, mais infraestrutura de conectividade chegar a essas regiões, outros serviços e a inovação podem chegar. Pensar inicialmente em Fust é pensar em conectividade, é pensar em infraestrutura chegando na ponta, principalmente naquelas regiões onde o equilíbrio entre densidade populacional e distância às vezes faz com que a conta não feche do ponto de vista econômico”, afirmou.

O uso de recursos do Fust para ampliar a conectividade em áreas remotas também foi destacado pelo diretor de Políticas Setorial da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Wilson Wellisch Diniz. Diniz lembrou que parte do Fust poderá ser usado como recurso não reembolsável “política pública na veia”, enfatizou.

Daniela destacou ainda a perspectiva de avanço na conectividade do campo a partir das obrigações previstas no edital do 5G, que incluem a obrigação de levar conexão 4G a 2.349 trechos de rodovias em um total de 35.784 quilômetros.

A gerente de Relações Institucionais da Conexis destacou que muitas dessas rodovias cruzam áreas rurais e que a conectividade em estradas sempre foi uma demanda do agronegócio.

Ela lembrou que muitas das aplicações usadas no campo como lavoura conectada e geolocalização de rebanho já são realidade antes do 5G. A nova tecnologia tem o potencial de ampliar essas aplicações, mas que o 2G, 3G e o 4G são suficientes alavancar a produtividade do agronegócio. “O 5G traz uma nova perspectiva de inovação que já está acontecendo. Esse é o principal, quando a gente fala de 5G a gente fala de disrupção, de novos modelos produtivos para o agronegócio, entretanto a gente já tem essa tecnologia iniciada hoje com as tecnologias disponíveis”.

A diretora da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério das Agricultura, Sibelle Silva, e o coordenador de Inovação do Sistema CNA/Senar, Matheus Ferreira, enfatizaram a importância que a conectividade tem para o campo, com potencial para reduzir custos, aumentar a produtividade e contribuir para a preservação ambiental.

A audiência pública foi realizada a pedido do deputado Zé Silva (Solidariedade/MG), que presidiu a sessão.

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