A chegada do 5G abrirá uma série de possibilidades e aplicações para diferentes setores, como manufatura 4.0, telemedicina e educação à distância. Avanço da nossa tecnologia depende de investimentos de diversos setores econômicos.
Brasília, 05/04/22 – O presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, afirmou na última quarta-feira (30) durante evento Brasil 5G, organizado pelo DPL, que o desenvolvimento do 5G no país também dependerá de investimentos feitos por outros setores da economia.
Segundo Ferrari, a população será favorecida pela mudança tecnológica no canal direto com as prestadoras, que farão os investimentos para a instalação do serviço e ofertarão o 5G aos consumidores finais e aos setores produtivos, cujas novas aplicações usarão o 5G, o que depende de investimentos em adoção dessas novas aplicações.
“O 5G favorece a população por dois canais. O canal direto, que é o nosso investimento, das operadoras, e o canal indireto, que talvez seja aquele pela qual os benefícios na ponta serão mais percebidos pelo cidadão; daí a importância dos setores produtivos investirem em aplicações do 5G para que o benefício chegue à população também por esse canal”, afirmou.
Ferrari destacou que a aplicação do 5G em outros setores aumentará a produtividade, o PIB potencial e, consequentemente, o bem-estar da população. “Uma vez que começarmos a montar o 5G, a nossa expectativa é que os outros setores produtivos também venham fazer os investimentos que permitam usar o 5G. A gente está falando de que? Estamos falando de manufatura 4.0, agronegócio, sistema financeiro, telemedicina, educação conectada. Uma série de aplicações que dependem da decisão de outros setores da economia. Se tudo isso ocorrer de maneira prevista o impacto geral que terá na economia será de aumento da produtividade, aumento do PIB potencial e, consequentemente, um aumento do bem-estar da população brasileira”, disse durante o evento.
No painel, representante do setor de telecomunicações de outros países da América Latina elogiaram o modelo não-arrecadatório do leilão no Brasil e a decisão de priorizar investimentos e cobertura e não a arrecadação de recursos para o governo.
A importância do modelo foi reforçada pelo presidente executivo da Conexis. “Abrir mão da arrecadação talvez seja a maior política pública de inclusão sócio digital que o país está fazendo”, disse.
Maryleana Méndez, secretária geral da Associação Interamericana de Empresas de Telecomunicações (Asiet), também elogiou a possibilidade de uso do FUST como elemento complementar para ampliar a conectividade. A nova lei do FUST, regulamentada no mês passado pelo governo, permitirá o uso de recursos do fundo para ampliar o acesso à banda larga em regiões menos favorecidas e em escolas públicas. O setor aguarda a instituição do Conselho Gestor para apresentar os primeiros projetos.
O evento também contou com a participação da gerente de regulação da Conexis, Adriana Sarkis, que mediou o debate, de Hermano do Amaral Pinto, presidente do Futurecom, Alberto Samuel Yohai, presidente da Câmara Colombiana de Informática e Telecomunicações (CCIT), Gabriel Székely, diretor geral da Associação Nacional de Telecomunicações (Anatel) do México, Rodrigo Ramírez Pino, presidente da Câmara Chilena da Infra-estrutura Digital (Idicam), e Patricia Falconi Castillo, da Associação de Empresas de Telecomunicações do Equador (Asetel).
No debate, eles falaram sobre a relevância das parcerias entre o setor público e privado para que o 5G tenha impacto real na vida das pessoas e reforçaram a importância da segurança jurídica, do diálogo entre os setores e dos incentivos do governo para garantir os investimentos das empresas.
Adriana Sarkis, gerente de Regulação da Conexis, falou ainda sobre a redução da regulação excessiva do setor. Segundo ela, essa é uma questão fundamental para o desenvolvimento digital e tecnológico e para o avanço de novas tecnologias em toda a região.
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