Moisés Moreira destacou, na abertura do Painel Telebrasil Talks, que o edital não exige a instalação imediata do 5G nesses municípios, mas que liberação é primeiro passo para a nova tecnologia
Brasília, 21/11/22 – O avanço do 5G e os benefícios da nova tecnologia nos diversos setores foi o principal ponto discutido durante a abertura do Painel Telebrasil Talks – Saúde e Energia, no dia 8 de novembro.
O conselheiro Moisés Moreira, vice-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), destacou que a limpeza da faixa de 3,5 GHz nas cidades com mais de 500 mil habitantes será feita por conjunto. Serão 26 cidades e seus respectivos conjuntos, com isso cerca de 420 municípios serão impactados e estarão prontas para receber a nova tecnologia a partir de janeiro de 2023.
“Isso não quer dizer que as teles têm obrigação de colocar suas estações imediatamente, elas têm um prazo de edital. Fazer a limpeza através de clusters facilita o processo do ponto de vista logístico e de economicidade”, afirmou. O edital prevê a instalação do 5G nas cidades com mais de 500 mil habitantes para julho de 2025.
Moisés lembrou que hoje o 5G já está ativado em todas as capitais brasileiras e que as prestadoras instalaram cerca de 3 vezes mais antenas do que o determinado no edital. “Aproximadamente 24% da população brasileira está impactada pela faixa de 3,5 GHz”.
O presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, disse que gradualmente, com a possibilidade de ampliar o número de antenas, o 5G chegará a todos os cantos das cidades. Ferrari lembrou ainda o papel importante que o leilão do 5G teve para a ampliação da conectividade.
“Foi o edital mais inclusivo do ponto de vista de política pública, ao converter 90% do valor da outorga em investimento”, disse.
Hailton Madureira de Almeida, secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, afirmou que a conectividade vai ajudar a trazer o setor elétrico para o século 21 e que o 5G ajudará na convergência entre as agendas de telecomunicações e energia.
Segundo o secretário, o setor está discutindo a possibilidade, por exemplo, do consumidor poder escolher qual será a sua distribuidora de energia e, também, em qual horário vai querer consumidor energia por ser mais barato e isso vai exigir leitores inteligentes. “Em pouco tempo a gente vai precisar ter medidores de energia mais modernos”, disse.
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