Marcelo Motta, diretor de Cibersegurança da Huawei Brasil, observa que, em dez anos, o tráfego médio nas redes 5G vai saltar dos atuais 15 GB por mês por usuário para 600 GB por mês por usuário, um crescimento de cerca de 40 vezes.
Brasília, 12/09/23 – O diretor de Cibersegurança da Huawei Brasil, Marcelo Motta, em sua palestra no primeiro dia do Painel Telebrasil Summit 2023 falou dos desafios e dos melhores caminhos para a consolidação das ofertas 5G no Brasil. Para ele, as referências de mercado mostram que o investimento deve começar pelas redes. “As operadoras que investiram mais fortemente em suas redes 5G tiveram um desempenho de mercado superior àquelas que não o fizeram”, comparou, citando percentuais de receita de 5% a 10% maiores e investimentos na migração de usuários e na ampliação da conectividade em grandes cidades.
O esforço pela migração de usuários, segundo Motta, se justifica pelo consenso no mercado de que as redes 5G só se tornam viáveis a partir de um determinado patamar de tráfego. “Quanto mais tempo se leva para que o tráfego chegue a 30%, maior será o tempo de retorno do investimento, daí a necessidade de acelerar esta migração”, afirmou.
Mais que isso, quanto mais rápida for a migração, maior também será o ganho de eficiência de custo e energia.
A previsão é que, em dez anos, o tráfego médio nas redes 5G salte dos atuais 15 GB por mês por usuário para 600 GB por mês por usuário, um crescimento de cerca de 40 vezes.
No entanto, para que as operadoras possam usufruir de todo o potencial oferecido pela tecnologia 5G, Motta listou três desafios que devem ser superados: criar a rede e trazer usuários para ela, o que está profundamente ligado ao aumento na oferta e redução de preço dos smartphones; ampliar a média de tráfego, o que já vem ocorrendo nas grandes cidades brasileiras; e criar novos serviços e um ecossistema de atendimento a setores verticais.
Para o diretor da Huawei, o Brasil tem feito grande progresso, com as iniciativas das operadoras estando de duas a oito vezes acima das metas estabelecidas. Ao mesmo tempo, o potencial de crescimento se mantém muito grande. “Temos 32 milhões de pessoas não conectadas ou conectadas com baixa velocidade e, ao mesmo tempo, no ano passado no Brasil apenas 30% dos celulares vendidos eram 5G, contra 85% na China.”
Foto: Ricardo Ribeiro – Estúdio Versailles/Telebrasil