Em um mundo hiperconectado as redes 5G serão a base para que todo tipo de objeto se transforme em um appliance movido por IA e processamento em nuvem.
Brasília, 12/09/23 – Em palestra apresentada na tarde desta terça-feira (12), no Painel Telebrasil Summit 2023, o presidente da Qualcomm para a América Latina, Luiz Tonisi, apresentou a visão de futuro da empresa, grande parte dela desenhada a partir da consolidação das redes 5G. É esta tecnologia que vai ampliar as verticais, transformando quase tudo em objetos conectados: celulares, carros, eletroeletrônicos, computadores etc.
“O mundo será hiperconectado, com o consumo de energia sendo algo extremamente importante, e não há nada mais eficiente do ponto de vista de energia do que o celular”, afirmou. É neste cenário que a companhia vem trabalhando para levar essa tecnologia para outros dispositivosque estão passando a utilizar os processadores Snapdragon.
Para Tonisi, é este ganho de eficiência que vai mudar as indústrias, principalmente porque os grandes casos de uso das redes 5G estarão no segmento B2B, o que vai exigir transformações. “Imaginamos que tudo estará conectado, com a IA por trás fazendo análise das informações e permitindo a monetização destes dados, com vários atores interessados nisso.”
Essa nova realidade vai exigir mudanças. Tonisi lembrou, por exemplo, que, no Brasil, o setor de tecnologia vai chegar a US$ 60 bilhões em exportações até 2030, mas sem qualquer domínio sobre as tecnologias utilizadas nesses produtos. Por isso, o executivo acredita que é o momento de discutir qual será o papel do país neste ecossistema global.
Mais do que isso, ele defendeu que a conectividade será fator fundamental nessa transformação. “Por isso a Qualcomm tem liderado a expansão da tecnologia 5G. Ela vai mudar o mundo, conectando milhões de coisas ao invés de milhares, com a IA permeando todos os devices nas áreas de consumer, edge computing e industrial”, diz.
Um dos segmentos mais promissores é o de internet das coisas, IoT (na sigla em inglês). Aqui, a Qualcomm vem apostando em um conceito no qual a informação pode ir direto dos processadores para uma nuvem segura. “Eu posso, a partir dessa nova plataforma que estamos lançando, ter um chip agnóstico em relação ao acesso, que pode ser 4G, 5G, internet ou satélite e com todas as informações gravadas ali. Eu pego toda a informação dele e levo para uma nuvem segura enquanto o ecossistema vai se encarregar de desenvolver aplicações que usem estes dados”, revelou, lembrando que hoje é possível colocar 2 bilhões de parâmetros em um chipset.
Foto: Vitor Brandão – Estúdio Versailles/Telebrasil