Fundamental durante a pandemia, a conectividade está transformando e alavancando o setor
Brasília, 21/11/22 – O Painel Telebrasil Talk abordou em seu primeiro debate do dia um tema extremamente caro para a sociedade brasileira: a importância da conectividade para o setor da saúde.
Jacqueline Lopes, diretora de Relações Institucionais da Ericsson LATAM, falou sobre as técnicas inovadoras que estão sendo experimentadas com a chegada do 5G ao Brasil e destacou a baixa latência e a ultra confiabilidade da tecnologia. “Agora teremos soluções muito mais complexas, caso das cirurgias remotas”, afirmou.
A executiva mencionou ainda um estudo da Ericsson que estima que até 2030, a digitalização trará R$ 391 bilhões em receitas adicionais ao país, sendo R$ 153 bilhões oriundos do 5G e R$ 35 bilhões somente do mercado da saúde. “Temos a missão de ampliar o acesso à saúde e o leilão não arrecadatório foi muito importante nesse sentido”, concluiu.
Maria Teresa Lima, diretora executiva de governo da Embratel, explicou casos de uso da nova tecnologia aplicada na saúde, com a possibilidade de profissionais da saúde terem acesso a informações do centro cirúrgico em tempo real.
Ela destacou ainda o papel crucial da conectividade durante a pandemia da Covid-19, com a necessidade de digitalização de diversos serviços de saúde. “É preciso fazer um diagnóstico aprofundado para entender o estágio de maturidade digital de cada empresa ou órgão público. Com esse trabalho, levamos o Conect SUS em um mês para a nuvem no início da pandemia”, explicou.
Vera Valente, diretora executiva da FenaSaúde, abriu sua fala apontando que 30% do volume de dados que hoje transitam no mundo se referem ao setor. Segundo ela, há um enorme desafio de acesso à saúde em um país de dimensões continentais como o Brasil. “A pandemia ajudou na expansão da telesaúde. Existia uma enorme resistência da classe médica e hoje o projeto de lei está passando pelo Senado. Foram mais de 80 milhões de atendimentos com índice de resolutividade de 94%”, informou.
Por fim, Cleiton Caldeira, gerente de TI e projetos de inovação no InovaHC, comentou sobre as mudanças no portfólio de serviços após a pandemia. Segundo ele, 90% dos novos projetos possuem componentes de telemedicina ou inteligência artificial. “Já estamos colhendo os impactos que o 5G pode ter na saúde. Tivemos uma performance dez vezes melhor do que quando usávamos a estrutura cabeada de wifi na coleta de dados de aparelhos em cirurgia e transmissão para nuvem”, finalizou.