Ao participar do Facebook Connectivity, o presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, sustentou que a cooperação é a regra para inovar e crescer. “Quem não cooperar não vai contribuir para o desenvolvimento econômico do País”, afirmou. A conectividade rural e a educação foram apontadas como os gargalos a serem superados.
Cooperar vai ser a regra para inovar e para crescer e no país não tem uma tradição de cooperação nos negócios, afirmou o presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, ao participar do segundo encontro Facebook Connectivity, realizado nesta terça-feira, 20/10. Segundo o executivo, o país precisa de uma mudança cultural para a cooperação passar a ser mais frequente e lembra o impacto da pandemia de Covid-19.
“O que levaríamos cinco a dez anos para fazer, fizemos em pouco meses. Fomos audaciosos na cooperação com o setor público. Nós colaboramos com o governo para fornecer acesso gratuito ao auxílio emergencial. Por meio da conectividade, mais de 40 milhões de brasileiros tiveram acesso e foram incluídos social e financeiramente”, frisou.
Ferrari defendeu ainda que a Reforma Tributária é a ‘mãe’ para um melhor ambiente de negócios para o Brasil e os desertos digitais desvendados por conta da Covid-19 só serão eliminados com uma redução da cobrança de impostos, uma vez que a carga média do setor é de 47%, e há estados, como Rondônia, onde ela chega a 60%.
“Nós defendemos que parte dos tributos cobrados se revertam em mais investimento. Só teremos conectividade em todo o país e nas áreas rurais se houver viabilidade econômica e financeira”, reforçou. Posição endossada pelo diretor da Aliança Conecta Brasil F4, Daniel Vilela. De acordo com ele, a questão tributária inviabiliza a conectividade rural, uma vez que quando uma operadora coloca no papel o projeto, a tributação não permite fazer a conta fechar para os investimentos. “Não se pode investir com tanto imposto”, lamentou.
O diretor de Parcerias com Operadores Latam e Iniciativas Globais de OEM e Conectividade do Facebook, Tarcísio Ribeiro, lembrou que ‘sem serviços de comunicação, não há como cobrar e arrecadar impostos e disse que é preciso entender que Internet é meio de desenvolvimento econômico e social’.
O presidente da Anatel, Leonardo Euler, observou que não há conectividade digital sem infraestrutura de telecomunicações. O executivo lembrou que 85% da população brasileira está concentrada em menos de 1% do território nacional. E advertiu: mais importante que massificar o acesso, é universalizar o acesso aos serviços digitais.
O senador Rodrigo Cunha, do PSDB/Alagoas, que também participou do debate, lembrou que o Brasil tem a terceira maior taxa de evasão escolar do mundo. “Os alunos não são atraídos e muitos, a grande maioria, não têm condições de assistir as aulas online originadas pela pandemia de Covid-19. E uma ação relevante se fez: a distribuição de chips pelos governos. Distribuir chip é uma ação de cidadania como o é distribuir cesta básica para matar a forme. Internet é essencial para desenvolvimento econômico e social”, completou.