Para a analista da TGT Consult Elia San Miguel, se segurança é cada vez mais importante, mais ainda é garantir que o usuário confie na tecnologia.
O desenvolvimento de dispositivos e aplicações seguras é uma exigência natural do mercado. Mas é preciso atenção para que esse caráter fundamental não contamine de forma negativa a experiência do usuário. É o que defende a analista da TGT Consult Elia San Miguel.
“Nesse momento em que as empresas estão de mudança para uma nova economia digital, é muito importante considerar a experiência do cliente para que não se criem barreiras, não se criem muitas camadas de segurança, de forma que a experiência fique prejudicada em função de priorizar ou privilegiar demais uma questão de segurança.”
Segundo ela, “é importante que as empresas vejam e analisem não somente colocar muros, mas também entendam como esse usuário pode fazer uma troca de confiança no sentido de utilizar medidas ágeis e simples que vão proteger a experiência como um todo.” Além disso, há uma questão cultural envolvida. “A palavra chave é uma troca entre confiança e tecnologia”, emenda.
Os resultados da 14ª edição do Unisys Security Index revelam que apesar de o uso das plataformas digitais ser natural para os brasileiros, existe uma preocupação com a segurança, com a maioria dos participantes relatando séria preocupação com ataques de hackers e vírus cibernéticos (69%) e com a segurança das compras online (65%). Há também preocupação com roubo de identidade e fraudes bancárias, com 76% e 75% dos entrevistados apontando estarem muito ou extremamente preocupados com esses temas, respectivamente. O levantamento apura que a cada 16 segundos ocorre uma tentativa de fraude cibernética. Assistam à entrevista com Elia San Miguel, da TGT Consult.