Para o diretor de Relações Institucionais da Ericsson Brasil, Tiago Machado, além de destravar os investimentos, com a aprovação do PLC 79, o País precisa de uma política nacional que fomente o desenvolvimento de software, que é o futuro das novas tecnologias, como o 5G.
O Brasil precisa construir um horizonte mais saudável para a inovação, sustentou o diretor de Relações Institucionais da Ericsson, Tiago Machado, durante o Painel Telebrasil 2018. Segundo ele, para isto, o País deve destravar as pautas que liberam os investimentos, como a aprovação do PLC 79 – que atualiza a Lei Geral de Telecomunicações – e a revisão do uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Além disso, tem de gerar iniciativas públicas que fomentem o futuro, entre elas, a criação de uma política nacional de software.
“As fábricas estão cada vez mais automatizadas. A diferença está e será no software. Precisamos de mão de obra especializada”, pontuou o executivo, em entrevista à Newsletter da Telebrasil. Para Machado, o País não pode pensar apenas em partes, peças e produtos, que são importantes, claro, mas também organizar uma cadeia produtiva do futuro, baseada no software.
“Esse é o futuro. Temos de aproveitar o olhar da OMC [Organização Mundial do Comércio] sobre a Lei de Informática para estruturar um novo caminho”, acrescentou. Aumentar a competitividade é um dos pleitos do documento Propostas do Painel Telebrasil 2018. O texto reforça a necessidade de o Brasil definir uma política industrial com foco na competitividade futura.
Assista à entrevista com o diretor de Relações Institucionais da Ericsson, Tiago Machado.