Telefonia se mantém como segmento da infraestrutura brasileira mais bem colocado em relatório de competitividade

Documento elaborado pelo Fórum Econômico Mundial faz uma comparação com 148 Países e leva em conta fatores que limitam ou estimulam a competitividade

Brasília, 13 – Muito à frente dos demais segmentos de infraestrutura, a telefonia móvel e a telefonia fixa são os serviços brasileiros mais bem posicionados no Relatório de Competitividade 2013/2014, divulgado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial. O Brasil também mostra um desempenho de destaque da telefonia se comparada com os demais países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Na comparação com outros serviços de infraestrutura brasileiros, no Ranking Global de Qualidade da Infraestrutura, que integra o relatório, a telefonia móvel está 58 posições mais bem colocada que as ferrovias, 75 posições acima das estradas, 78 posições à frente do transporte aéreo e 86 posições mais bem avaliada que os portos. A boa colocação do Brasil em telefonia eleva a média brasileira, colocando o País na 71ª posição no ranking geral de infraestrutura.

Na avaliação, que leva em conta fatores que limitam ou estimulam a competitividade em 148 países, a telefonia fixa do Brasil aparece mais bem colocada que os demais países dos BRICS, à exceção da Rússia. Na telefonia móvel, o Brasil está ainda mais bem posicionado, com desempenho bastante superior ao da Índia e China. A vantagem potencial do Brasil em telecomunicações é ainda maior quando se constata que o País aplica uma das maiores cargas tributárias setoriais nesse segmento. Uma vez removido esse obstáculo, o País avançaria ainda mais nas posições.

Investimentos – O desempenho significativo da telefonia pode ser verificado no Brasil pelos constantes investimentos realizados pelas prestadoras, especialmente na ampliação da infraestrutura de redes e na melhoria da qualidade dos serviços. Em 2012, as telecomunicações fizeram investimentos recordes de R$ 25,8 bilhões. No primeiro semestre de 2013, as prestadoras investiram R$ 11,2 bilhões, 8,7% a mais que o mesmo período de 2012.

Estamos falando de um universo de clientes que supera em números a população brasileira. Chegamos a 267 milhões de chips ativos de telefonia móvel e 44,6 milhões de linhas de telefonia fixa. A infraestrutura desses dois serviços suporta mais de 110 milhões de acessos em banda larga em todo o País.

A infraestrutura da telefonia fixa está presente em mais de 40 mil localidades. As redes de terceira geração (3G) estão em 3.414 municípios, onde moram 89% dos brasileiros. E a novíssima tecnologia 4G, que amplia consideravelmente a velocidade de conexão, começou a ser oferecida em abril no País. Além dessa capilaridade e da presença em todas as classes sociais, os serviços de telefonia apresentam uma intensa utilização, com constantes inovações tecnológicas e alto grau de interatividade.

Mas esse desempenho enfrenta sérios obstáculos, como uma carga tributária muito alta. No relatório do Fórum Econômico Mundial, o efeito da tributação sobre os incentivos para investir coloca o Brasil nas últimas posições, como o 140º do ranking. No primeiro semestre de 2013, por exemplo, os usuários foram onerados em R$ 17,3 bilhões só com o recolhimento de ICMS.

Os serviços de telecomunicações, principalmente na última década com a banda larga, têm se apresentado como alternativa sustentável para diversos segmentos da economia, inclusive para aumentar a efetividade das demais infraestruturas do Brasil em prol do aumento da competitividade nacional. As telecomunicações substituem, por exemplo, os transportes, permitindo que uma infinidade de dados trafeguem em suas redes, além da circulação instantânea de mensagens, torpedos e e-mails. As prestadoras de telecomunicações têm presente a importância de seus serviços para esse mundo moderno de inclusão social, informação e conhecimento e reforçam seu compromisso de continuar trabalhando para melhor atender seus clientes, com oferta de serviços de qualidade.