Brasília, 24 – O uso de estações radiobase com pequenas células, chamadas femtocélulas, pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade da telefonia móvel. Nesse sentido, o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), apoia toda iniciativa de autorização para o uso desses equipamentos.
A femtocélula funciona como um amplificador dos sinais de celular dentro do ambiente em que é instalada, como em casa ou no escritório. Com esse equipamento, há uma melhoria do nível sinal de telefonia móvel, aumentando não só a qualidade das ligações telefônicas, mas também da conexão em banda larga pelo minimodem de acesso à internet e da navegação no smartphone.
Esse dispositivo, quando tiver seu uso autorizado pelo órgão regulador, contribuirá para minimizar problemas de qualidade dos sinais, principalmente aqueles causados pela dificuldade de expansão de infraestrutura e instalação de antenas, que têm encontrado barreiras em legislações municipais restritivas.
Essa melhoria vem se tornando uma necessidade urgente também em razão do crescente aumento do tráfego de dados que sobrecarrega as redes. Com a femtocélula, essa carga é desviada das antenas tradicionais para o ambiente do usuário, resultando numa maior eficiência do uso do escasso recurso de espectro.
As femtocélulas, por suas características técnicas, cobrem uma área pequena, exatamente para atender um segmento de mercado que quer melhorar a qualidade dos sinais. Isso é possível pela proximidade entre o ponto de acesso e os terminais móveis. O dispositivo também tem uma função complementar às redes integradas, que já é utilizado como uma das soluções para expansão do serviço. Eventuais riscos interferências com outros equipamentos são facilmente reduzidos, já que o dispositivo poderá ter seu uso controlado pelas operadoras.
O SindiTelebrasil reforça, por fim, o entendimento de que as femtocélulas podem e devem ser usadas imediatamente como uma das medidas para se ampliar a qualidade, em benefício dos usuários dos serviços móveis no Brasil. O Sindicato repudia qualquer interferência de fabricantes no planejamento das prestadoras, principalmente daqueles que não optaram por essa solução tecnológica em suas estratégias de negócios.