Especialistas avaliam os caminhos para o amadurecimento da tecnologia e o impacto que pode ser gerado pelo 5G
As perspectivas de adoção da tecnologia de redes de acesso baseada em padrões abertos e flexíveis foram discutidas no webinar sobre “Open RAN: oportunidades e desafios”, que fez parte da agenda do último dia do Painel Telebrasil 2021. Participaram do encontro online André Sarcinelli, CTO da Claro; Atila Xavier, diretor de Arquitetura, Inovação e Tecnologia da TIM; Francisco Soares, vice-presidente da Qualcomm; e Rubens Souza, tecnologista em P&D do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
O webinar foi marcado pela percepção dos participantes sobre a importância deste novo modelo e os avanços que trará ao setor. Os participantes reforçaram a necessidade de amadurecimento da tecnologia, de novos investimentos em ambientes de testes e do alinhamento em P&D.
Em um primeiro momento, falaram os representantes das operadoras presentes, Claro e Tim. André Sarcinelli frisou que há boas perspectivas, porém, grandes desafios na agenda Open RAN para que a tecnologia deixe de ser uma promessa e se torne, de fato, realidade. Dentro desta visão, Átila Xavier destacou os desafios de desagregação para as interfaces padronizadas e abertas, e reforçou a oportunidade de potencialização do 5G com a adoção do Open RAN.
Ao trazer a visão da Qualcomm, Francisco Soares, apresentou um conjunto de ferramentas com o qual a companhia vem trabalhando, com destaque para os processadores, demonstrando postura otimista em relação à evolução do Open RAN, inclusive aproveitando o contexto da chegada do 5G – que teve leilão aprovado e marcado para o próximo dia 4 de novembro. Segundo Soares, não é prematuro pensar em modelos de negócios Open RAN já para as redes 5G.
Rubens Souza, do MCTI, destacou que, entre os benefícios do Open RAN, deve ser observada a possibilidade de reduzir custos e de investir em inovação, junto com a tendência de a tecnologia permitir a participação de mais fornecedores no mercado. Ele lembrou que este tipo de avanço precisa vir acompanhado de um trabalho cada vez mais atento relacionado à segurança da informação. Para Souza, o caminho de amadurecimento ainda requer o cumprimento de algumas etapas estruturantes e deve ser percorrido com a participação e articulação de todos os interessados, a fim de garantir a evolução saudável da discussão das propostas que envolvem o Open RAN.
O webinar foi mediado por Adriana Sarkis, Gerente de Regulação da Conexis.