Painel Telebrasil: Novas tecnologias são a chance de o Brasil dar um salto tecnológico

A Inteligência Artificial é uma das oportunidades à mesa, mas é preciso refletir que a tecnologia é um meio e não um fim, afirmam executivos do setor de telecom no Painel Telebrasil Innovation 2023

São Paulo, 14/06/23 – A Inteligência Artificial avança e molda o futuro da sociedade, habilitando novos modelos de negócios e transformando segmentos inteiros da economia. Mas a tecnologia é um meio e não um fim em si mesma, conforme ficou claro no debate do “Painel 1 – Inteligência Artificial e avanços tecnológicos:  moldando o futuro dos negócios”, durante o Painel Telebrasil Innovation, realizado em São Paulo, nesta quarta-feira (14/06).

O CEO da Oi, Rodrigo Abreu, ponderou que o uso de IA depende de propósito e tem de servir para melhorar a vida das pessoas e ter um país melhor. “É preciso lembrar que a tecnologia é um meio. Importa o que você faz com ela, e a Inteligência Artificial é mais uma ferramenta, que é excepcional e pode mudar muitas coisas, mas é mais uma ferramenta que precisa de acompanhamento próximo. O céu é o limite.”

Abreu ressaltou também que, nos últimos cinco anos, o Brasil deu um salto na capacidade de desenvolver empresas cuja base está na digitalização, o que tem contribuído para a criação de modelos distintos de negócio. “Estamos vivendo o que chamei, há dois anos, de a terceira revolução de conectividade no Brasil, que é o ciclo de conexão plena com fibra ótica e 5G. E a gente está se preparando para um mundo novo com IA, resolvendo problemas gigantes”, disse. 

Para Jean Borges, CEO da Algar Telecom, a adoção de IA não é uma questão de “se”, mas de “quando” estará, realmente, de forma irreversível. Trata-se de nova fronteira digital e as empresas que não se adaptarem terão dificuldades para existir ou coexistir. “Do ponto de vista do Grupo Algar, temos olhado muito para a IA dentro de um contexto digital para incluir”, apontou. 

Durante o painel, mediado pela jornalista Anne Warth, o presidente da Qualcomm Latin America, Luiz Tonisi, juntou-se ao coro de que tecnologia é meio e não fim. “Nós acreditamos muito na IA híbrida, fazendo parte do processamento nos devices e parte na nuvem, nos servidores que estarão espalhados no mundo. A função de ter IA híbrida é trazer escalabilidade, que será em função do custo”, afirmou.

Os modelos ainda estão avançando, mas não há retorno. “O Brasil precisa entender qual posicionamento quer ter na cadeia. Se negarmos o avanço, estaremos negando a nossa própria inovação e a economia como um todo”, disse. “IA generativa, assim como outras IAs, estará em tudo, mas IA só funciona a partir de parâmetros colocados pelo homem”, sinalizou. 

Do lado do impacto nos trabalhadores, Adeodato Netto, presidente da Ligga Telecom, disse não acreditar que a IA vá substituir integralmente as pessoas. “Trabalhamos na formação das pessoas e na evolução do processo para serem capazes de entregar mais.”

Netto enxerga oportunidades de mercado com as possibilidades que advêm da Inteligência Artificial. “Todos nós vivemos a dificuldade de um business que é tratado muitas vezes como commodity e nosso desafio é a transformação em algo diferenciado, criando simbiose”, apontou. “Entendermos que IA é um meio para termos serviços diferenciados para os clientes e os stakeholders”, completou. O Painel Telebrasil Innovation 2023 é a 67ª edição do evento e acontece para mostrar as tendências e provocar novas ideias para ampliar o acesso à conectividade no Brasil.

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