Oi: prestadoras são desafiadas a entregar qualidade aos clientes

Ao participar do Painel Telebrasil 2019, o presidente da Oi, Eurico Teles, reforça que as telecomunicações são a infraestrutura que possibilita um mundo cada vez mais digital. E diz que as prestadoras brasileiras devem investir em torno de R$ 35 bilhões anuais nos próximos anos.

Ao participar do Painel Telebrasil 2019, nesta terça-feira, 21/05, o presidente da Oi, Eurico Teles, enumerou os desafios das prestadoras de serviços de telecomunicações para o futuro próximo. O executivo destacou os investimentos realizados pelas companhias no País e os avanços já experimentados pela indústria e enfatizou que o arcabouço legal, a infraestrutura e a qualidade dos serviços formam o tripé de desafios a serem enfrentados.

“É preciso ter o cliente sempre como o centro das decisões estratégicas em telecom. Isso é fator crítico de sucesso para o setor nos próximos 21 anos”, assegurou. Segundo ele, o cliente muda e não tem fidelidade a quem não presta um bom serviço. “Se não tivermos a percepção do que o cliente quer, como quer e quando quer, vamos perdê-lo. E recuperar um cliente é muito difícil”, afirmou, sublinhando que a Oi mantém o projeto Naves do Conhecimento, por meio do qual já formou mais de 2.700 jovens do Ensino Médio para um mercado que, apesar de empregar cerca de 500 mil pessoas, ainda carece de mão de obra especializada.

Teles lembrou que, em 2014, o País chegou ao ápice do número de acessos na telefonia fixa, quando atingiu 45 milhões. “Só na telefonia móvel hoje temos 230 milhões de acessos no Brasil, com 96% da população coberta em 4G. Quando falamos em TV e banda larga, o número soma 315 milhões”, contabilizou. Sobre os avanços de infraestrutura, Teles afirmou que as empresas de telecomunicações investiram R$ 800 bilhões em valores corrigidos desde 1999. E mesmo com as adversidades econômicas, o setor vem ampliando os investimentos em 7% ao ano, em média. Isso significa que os avanços não vão parar. “As operadoras devem investir em torno de R$ 35 bilhões anuais, nos próximos anos”, estimou.

O presidente da Oi assinalou que as telecomunicações são a infraestrutura que possibilita um mundo cada vez mais digital, a chamada 4ª revolução industrial. “E o nome desse jogo é fibra ótica”, afirmou. “A revolução vai precisar de fibra, carros conectados, 5G, Internet das Coisas (IoT), dispositivos conectados, inteligência artificial.” Ele também fez um comparativo: “desde 1999, foram arrecadados R$ 820 trilhões em tributos do setor. O valor é suficiente para conectar todas as residências do Brasil em fibra ótica.”

Finalmente, sobre o arcabouço legal, o presidente da Oi reconheceu que o setor tem caminhado para o amadurecimento das obrigações regulatórias. “Continuamos evoluindo a nossa regulamentação para destravar o desenvolvimento”, disse. Teles acredita que o setor, diante de todos os números mencionados, sabe a urgência que é o PLC 79. “Ele [o PLC] com certeza sairá, e a regulamentação vai proporcionar às empresas e aos investidores resultados e retorno mais rapidamente.”

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