TIM faz testes de 5G em Florianópolis, Campina Grande e Santa Rita do Sapucaí

O presidente da prestadora, Christian Gebara, lembra no Painel Telebrasil 2019 que o Brasil Digital precisa ser um compromisso de todo o setor produtivo do País.

O presidente da Telefônica, Christian Gebara, ao participar do Painel Telebrasil 2019, nesta quarta-feira, 22/05, disse que a companhia vai manter seus investimentos no Brasil, mas reforçou a necessidade de se criar um ambiente mais favorável para que eles sejam mais efetivos.

Gebara lembrou que, no atual contexto, não existe transformação digital sem conectividade e que esta transformação tem desafios bastante específicos a serem enfrentados aqui no Brasil. “O Brasil tem hoje um grande gap digital a ser preenchido”, afirmou, lembrando que 33% dos habitantes do País sequer utilizam a internet, percentual ainda maior nas regiões Norte e Nordeste.

Ainda de acordo com Gebara, 19% dos municípios brasileiros não têm cobertura 4G, assim como 45% das pessoas não contam com smartphones 4G. Além disso, 87% dos municípios brasileiros não contam com conexões acima de 34 Mbps disponíveis.

“O impacto deste gap se dá em toda a sociedade. Hoje estamos muito atrás de outros países”, disse, lembrando que só 15% das cidades têm equipamentos para implementar prontuários eletrônicos, contra 98% na Inglaterra. Em outra frente, só 28% dos estudantes brasileiros utilizam computadores conectados na escola.

Mas como tirar esta diferença? Um dos pontos citados pelo executivo trata dos tributos cobrados hoje do setor. “O Brasil tem 43% de tributos sobre receita líquida no setor de telecomunicações, contra 13% nos EUA, por exemplo”, compara. Além disso, as prestadoras de serviços de telecomunicações ainda estão presas a obrigações legais obsoletas, como as referentes à oferta de telefonia fixa, e têm de enfrentar um grande número de diferentes legislações. “O País tem mais de 300 leis municipais e estaduais para implementação de antenas, e isso restringe a expansão”, sublinhou.

Para Gebara, o Brasil precisa de mudanças estruturais e ele aposta em algumas frentes, como a aprovação do PLC 79/16; a criação de um regulamento de qualidade; a realização do leilão das frequências 5G sem viés arrecadatório; a criação de um ecossistema de IoT; e um trabalho de autoregulamentação do setor que garanta o direito do consumidor.

“Enquanto isso, continuamos apostando no Brasil. Este ano, nossa previsão é de investir mais de R$ 9 bilhões, atendendo mais cidades com FTTH e ampliando a cobertura 4,5 G. Vamos ajudar a construir o Brasil Digital, mas este deve ser um compromisso de todos”, completou.

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