Banda larga no Brasil custa menos da metade da média mundial e tem a maior carga tributária

Novo relatório da União Internacional das Telecomunicações coloca o país entre os 64 que atingiram a meta de valores abaixo de 2% da renda per capita, enquanto a carta tributária é a mais alta do mundo.

O Brasil é um dos 64 países do mundo que conseguiram atingir a meta da União Internacional das Telecomunicações e têm preços dos serviços abaixo de 2% da renda per capita mensal, segundo aponta relatório global divulgado nesta terça, 19/5, mesmo sendo o de terceira maior carga tributária  na telefonia móvel de (40,2%) dos 182 países listados ficando atrás apenas da Jordânia (46%) e do Egito (43%) e a maior carga tributária na banda larga fixa.

Segundo o estudo, os tributos representam cerca de 40% da conta paga pelo consumidor na banda larga fixa. O levantamento da UIT mostra que a Zâmbia, com 33%, a Grécia e a República Dominica são os países que chegam mais perto do Brasil, com impostos de 30% sobre a banda larga fixa. Na Croácia, Suécia. Bielorússia e Turquia o peso é de 25%.

A pesquisa mostra que nos 10 países com os preços mais baixos nos planos de maior consumo de voz e dados no celular, o imposto varia de zero a 25%. O mesmo acontece na banda larga fixa, o que comprova o impacto dos tributos no custo final dos serviços ao consumidor.

De acordo ainda com a UIT, os valores da banda larga fixa no Brasil representam 1,4% da renda per capita, enquanto na banda larga móvel 1,8%. Em ambos os casos, bem abaixo da média mundial, de 3,2%. De forma geral, os preços da conectividade caíram praticamente pela metade entre 2008 e 2019.

No período, o valor mensal de pacotes de entrada de banda larga fixa caiu de US$ 44 para US$ 27. Já o de banda larga móvel recuou de US$ 21,4 para US$ 11,8, o que representa queda de 5,3% ao ano. “Em média, os preços dos dados móveis e fixos estão caindo ao redor do mundo”, informa a UIT, ao sustentar que “globalmente, os serviços de TIC estão se tornando mais acessíveis”.

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