Volume de chamadas de telemarketing caiu de 48% para 6% com o Não me Perturbe

Plataforma faz parte das medidas de autorregulação implantadas pelas operadoras de telecomunicações, assim como os normativos de atendimento, cobrança e oferta 

Brasília, 23/02/2021 – O volume de chamadas de telemarketing feitas pelas operadoras de telecom caiu de 48% para 6% com a implantação da plataforma Não me Perturbe. A informação foi apresentada nesta terça-feira pelo diretor de Regulação e Autorregulação da Conexis Brasil Digital, José Bicalho, ao participar do Seminário Políticas de Telecomunicações, promovido pela Teletime. 

Em 2019, 48% das chamadas de telemarketing eram feitas pelas operadoras e em 2020, depois da implantação da plataforma, esse percentual caiu para 6%. “Claramente vemos uma efetividade do mecanismo do Não me Perturbe”, comentou Bicalho, citando dados do aplicativo Truecaller.  

A plataforma Não Me Perturbe começou a operar em julho de 2019 e permite que o usuário cadastre o número de telefone para não receber chamadas de telemarketing. Até o momento, segundo Bicalho, mais de 7 milhões de números já foram bloqueados na plataforma e nos Procons. O diretor da Conexis ressaltou ainda que a medida resultou em uma queda de 36% nas reclamações sobre telemarketing registradas pela Anatel, de 632 para 401 em média.  

Bicalho assegurou que as operadoras estão avançando em medidas de controle, como o acompanhamento de parceiros, e fazendo aprimoramentos no Não me Perturbe, seguindo orientações e sugestões da Anatel.  

Segundo ele, foi desenvolvido um sistema para identificar os principais números chamadores reclamados na plataforma e as empresas detentoras desses números foram notificadas pelo Sistema de Autorregulação da Telecomunicações (SART) implantado pelas operadoras em março de 2020.  

O diretor da Conexis enfatizou também a importância da autorregulação para o setor atuar dentro de procedimentos mais modernos de regulação responsiva e melhorar a relação com os consumidores. E ressaltou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo SART, com a elaboração dos normativos de Atendimento, Cobrança e Oferta, com orientações para as prestadoras no relacionamento com os usuários, que contou com a participação próxima da Anatel e dos conselheiros independentes. 

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