Banda larga acessível impulsiona o uso dos serviços bancários no celular
Os aplicativos dos bancos foram o canal preferido dos brasileiros para fazer pagamento de contas, transferências de dinheiro e outras transações financeiras em 2018, revela estudo da Federação Brasileira de Bancos- Febraban. Hoje, de cada 10 transações, com ou sem movimentação financeira, 6 são feitas por meios digitais – celular ou computador.
O aumento na quantidade de transações com movimentações financeiras por celular chegou a quase 80% no ano passado. Hoje, de cada 10 transações, com ou sem movimentação financeira, 6 são feitas por meios digitais – celular ou computador, revela a 27ª edição da Pesquisa de Tecnologia Bancária 2019 da Federação Brasileira de Bancos – Febraban, divulgada nesta terça-feira, 07/05, em São Paulo.
“É fato que o crescimento da oferta da banda larga, a um custo mais acessível para o cidadão impulsionou o uso do celular para serviços, entre eles, o banco móvel”, afirma o diretor de Tecnologia da Febraban, Gustavo Fosse. O levantamento da entidade mostra que, em 2018, 2,5 bilhões de pagamentos de contas e transferências, incluindo DOC e TED, foram realizados por meio do mobile banking, que, pela primeira vez, superou o internet banking na preferência do brasileiro nessas operações.
Esse movimento é reflexo da praticidade de uso, da segurança e da conveniência oferecidas pelo canal, que foi responsável por 40% do total de operações bancárias efetuadas no ano passado – levando-se em conta as transações feitas em agências, via internet banking, autoatendimento, pontos de venda no comércio, correspondentes no país e pelo telefone. Para efeito de comparação, em 2014 o mobile banking respondia por apenas 10% das operações.
De acordo ainda com a Febraban, a opção pelo celular ajudou a manter a tendência de alta no total de transações bancárias em todos os canais, que saltaram de 71,8 bilhões em 2017 para 78,9 bilhões, no ano passado. “A facilidade em poder resolver questões financeiras apenas utilizando o celular é um ponto-chave desse crescimento”, reporta Fosse. O executivo da Febraban acrescenta que o incremento de transações com movimentação financeira por mobile banking comprova que o correntista se sente cada vez mais seguro para movimentar seu dinheiro por esse canal.
E se o cliente usa mais, aumenta a sofisticação dos serviços disponíveis. A quantidade de transferências, DOCs e TEDs pelo aplicativo móvel, por exemplo, saltou 119% em 2018. O pagamento de contas aumentou 80%. A contratação de crédito, considerado um serviço sofisticado por envolver negociação, aumentou 60%, enquanto a realização de investimentos cresceu 36%. A pesquisa de saldo, tipo de operação mais comum, cresceu 17%.
“Hoje, 80% dos bancos têm como prioridade o desenvolvimento de aplicações para o mobile banking. isso acarreta a contratação de desenvolvedores de software. Também estamos priorizando os novos serviços como big data, analytics e inteligência artificial”, acrescenta o diretor de Tecnologia da Febraban, Gustavo Fosse. Os bancos seguem sendo o segmento privado que mais investe em Tecnologia da Informação no Brasil. Em 2018, as instituições financeiras aportaram R$ 19,6 bilhões em TI, um crescimento de 3% em relação a 2017. Software e serviços ficaram com R$ 10,1 bilhões.
A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária é realizada há 27 anos pela Federação Brasileira de Bancos. O levantamento foi desenvolvido em parceria com a Deloitte e contou com a participação de 20 bancos, que representam 91% dos ativos dessa indústria no País.