Capacitação de mão de obra é um dos grandes desafios do 5G

Presidente executivo da Conexis Brasil Digital participou de evento que discutiu o papel da conectividade na educação.

Brasília, 11/08/22 – Um dos grandes desafios com a chegada do 5G é a capacitação de mão de obra para criar e operar as aplicações que nascerão com a nova tecnologia. O assunto foi tratado durante a apresentação do presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, no “EDTECHS e as Escolas Públicas Avançando na Inovação e Conectividade”, evento promovido pelo Tele.Síntese.

“O grande desafio que temos pela frente é justamente a capacitação de mão de obra. Hoje, no Brasil, são formados 53 mil alunos por ano para atuar no setor de TICs, mas a demanda é quase três vezes maior do que a oferta. O longo do tempo esse gap tende a provocar gaps qualitativos também no mercado de trabalho”, afirmou.  

Ferrari lembrou que países em desenvolvimento com economias mais avançadas já investem há anos na formação de mão de obra qualificada. “Precisamos decidir se queremos ficar mais perto dos países que estão avançando ou se queremos ficar estacionados em um modelo de educação que não oferece condições de entrar no mercado de trabalho competitivo e inovador”.

Essa lacuna na formação de profissionais qualificados tem impacto negativo na produtividade da economia, fazendo com que o Brasil não consiga ficar perto de países que têm mantido a trajetória de crescimento econômico.

Segundo Ferrari, o país precisa reconhecer a importância da educação e a necessidade de políticas governamentais focadas na formação dessa mão de obra.  

Ferrari destacou que o 5G será uma ruptura do ponto de vista qualitativo no que diz respeito a diversas aplicações e será habilitadora do processo de mudança social e econômica do país, com grande impacto na educação.

“Na educação será possível ter uma série de experiências que até então não era possível. Por exemplo, estamos habituados a estudar o corpo humano com imagens 2D, já com a tecnologia 5G será possível fazer aulas com hologramas”, exemplificou. “Será possível, via holograma, manipular o órgão humano e poder vivenciar de maneira mais intensa como ele se comporta”.

Na apresentação, Ferrari explicou que isso tudo será possível diante da disponibilidade do 5G e do surgimento de aplicações, assim como surgiram, por exemplo, os aplicativos de transporte com o avanço do 4G.

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