Com leilão arrecadatório, o 5G não acontecerá no Brasil

A afirmação é do vice-presidente de Assuntos Regulatórios da TIM Brasil, Mario Girasole. Para ele, o processo conduzido pela Anatel abriu várias vertentes.

Mas é preciso mitigar a questão da infraestrutura passiva, que se torna no mundo hiper digital um dos gargalos a ser tratado na regulação.

Se o governo definir que vai arrecadar com o leilão, o 5G não acontecerá no Brasil, advertiu o vice-presidente de Assuntos Regulatórios da TIM Brasil, Mario Girasole, ao participar da sessão especial: O modelo de leilão do 5G no Brasil, nesta terça-feira, 22/09, no Painel Telebrasil 2020. De acordo com o executivo, o Brasil vai leiloar mais de 500 Mhz de espectro, uma gigantesca oportunidade, uma vez que em quase 20 anos, as operadoras detêm 500 Mhz de espectro. Mas adverte: é preciso tratar da infraestrutura passiva.

“Temos de falar do mundo das torres, dos dutos, dos postes, do direito de passagem. A infraestrutura passiva se torna dentro do mundo hiper digital um dos gargalos a ser tratado na regulação”, ponderou Girasole. O VP da TIM Brasil também enfatizou que na medida que o 5G terá uma grande quantidade de recursos para novos serviços, inclusive para o network slicing (o fatiamento de rede), terá de existir mudanças efetivas na regulação, uma vez que as normas também envelhecem com o passar do tempo.

“A neutralidade de rede como descrita hoje nas normas brasileiras é incompatível com o 5G. Temos de encontrar uma forma de garantir a competição e a não-discriminação, sem que essas medidas sejam um entrave para o adequado uso e desenvolvimento da tecnologia”, completou Girasole.

O Painel Telebrasil 2020 terá também programação no dia 29 de setembro. Assista no site  www.paineltelebrasil.org.br

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