Formar gente é decisivo para o Brasil ambicionar um lugar na economia do futuro

Segundo o reitor do ITA, Anderson Correia, não há como simplesmente importar os profissionais da economia digital. “Tem que formar, e isso leva anos.”

A economia digital exige um novo cardápio de capacitações profissionais, nas escolas e nas empresas. E o Brasil não tem como se dar ao luxo de importar essa nova mão de obra. O País precisa investir em formação, mesmo sabendo-se que isso leva tempo. Como não há área do conhecimento à prova de futuro, o fundamental é formar pessoas que saibam aprender.

“No futuro haverá tanta mudança tecnológica que a gente nem sabe o que virá pela frente. Então a gente tem de formar pessoas com capacidade de aprender, de se transformar e de transformar suas organizações”, sustenta, em entrevista à Newsletter da Telebrasil, o reitor do ITA, Anderson Correia.

“Não é encontrar a mão de obra. Temos que criar a mão de obra necessária. Veja que a Embraer foi criada em 1969, mas o ITA foi criado em 1950. Foram 20 anos para formar mão de obra e então criar a Embraer. Quando se mexe com tecnologia de ponta, não se consegue importar todos os funcionários porque seria um custo elevadíssimo. Tem de formar esse grupo e trabalhar junto com ele, fazendo projetos conjuntos até chegar à realização”, defende o reitor.

O ITA está atualizando professores em novos campos como Big Data, inteligência artificial e análise de dados e acaba de firmar um convênio para repassar esse conhecimento a servidores da Anatel até 2022. A chave, acredita Correia, é identificar pessoas capazes e com vontade de aprender. Assistam à entrevista com o reitor do ITA.

Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações
ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica

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