Governo federal aposta em TICs como suporte às políticas públicas

Presente no Painel Telebrasil 2019, o secretário especial de Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, reforça que a tecnologia é suporte para a transformação do País, trazendo ganhos para o governo e para o cidadão.

O secretário especial de Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, ao participar do Painel Telebrasil 2019, nesta quarta-feira, 22/05, afirmou que a tecnologia deve servir de suporte para a elaboração de políticas públicas do Governo.

“Uma política pública sem evidência é achômetro. O Brasil viu muito isso e estamos pagando um preço altíssimo por termos convivido com políticas públicas sem dados e sem evidências”, disse, lembrando que a tecnologia vai possibilitar que o novo governo tenha políticas públicas mais efetivas e que tragam resultados para a sociedade.

Para Uebel, o grande desafio a ser enfrentado é o uso da tecnologia como parte fundamental da transformação do País, trazendo ganhos não apenas para o governo, mas também para o cidadão, a livre iniciativa e o terceiro setor. “O Brasil tem a quarta população mais conectada do mundo. Este é um ativo fantástico e temos que usar isso para o bem”, defendeu.

O secretário lembrou que, até 2025, a economia digital deve movimentar US$ 23 trilhões e que ela deve crescer 2,5 vezes mais rápido que a economia tradicional. Mais que isso, um país com estratégia digital sólida pode aumentar em mais de 5% o seu PIB. “Temos que aproveitar essa mudança”, enfatizou.

Uebel ponderou que, no caso do Brasil, um aumento de 1% em iniciativas digitais pode trazer 0,5% a mais no PIB, 13 pontos a mais no IDH e mais 2% em comércio internacional. Para obter estes resultados, disse ele, o governo já colocou em prática uma série de ações.

Um exemplo é o mapeamento dos serviços oferecidos hoje à população. Foram mapeados 2.877 serviços, dos quais apenas 42% são digitais. A digitalização desses serviços será apenas uma parte da iniciativa gov.br, baseada em ações semelhantes realizadas na Inglaterra e na Dinamarca.

Inicialmente, o projeto tem quatro grandes metas:

• Lançamento da identidade digital, utilizando a base de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que hoje conta com 88 milhões de cidadãos cadastrados com biometria e deve chegar a 1.146 milhões até 2022. Segundo Uebel, o primeiro piloto deve ser lançado ainda este ano;

• Oferta de novos serviços. De acordo com o secretário, o retorno sobre investimento médio para cada serviço digitalizado é de 300%. “A economia ao final desse processo deve ser de mais de R$ 6 bilhões”, conta.

• Unificação dos canais de acesso ao governo, hoje pulverizados em mais de 1,5 mil sites. Além de unificados, estes canais também serão simplificados. “Hoje há sites do governo com notícias e o cidadão não quer notícia, quer serviço”, disse.

•  Interoperabilidade, por meio de um trabalho de infraestrutura que garanta a comunicação entre as estruturas dos diferentes órgãos federais.

“Tecnologia é estratégica e, a partir de agora, o governo tem de fazer parte de todas as iniciativas tecnológicas que envolvam inovação, como cloud computing, Inteligência Artificial, blockchain e outras”, concluiu. Em entrevista à Agência Telebrasil, Paulo Uebel falou sobre a relevância das TICs na política do governo federal.

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