Juiz de Fora é a primeira colocada no ranking de serviços de cidades inteligentes
Uberlândia, em Minas Gerais, manteve a liderança no ranking das cidades amiga da banda larga. Com mudança na legislação, a paranaense Ponta Grossa subiu 20 posições no ranking.
Juiz de Fora, em Minas Gerais, é a líder entre as 100 maiores cidades do País na oferta de serviços de cidades inteligentes. Ela conta com 16 dos 26 serviços pesquisados pela consultoria Teleco para fazer o ranking desse segmento. Em sua primeira edição, o levantamento mostrou que mesmo a última colocada, Campina Grande, na Paraíba, tem três serviços disponíveis.
Ao mesmo tempo, a também mineira Uberlândia liderou pela terceira vez o Ranking Cidades Amigas da Internet, igualmente elaborado pela consultoria. Os rankings foram divulgados na sessão temática “Desafios da Ampliação da Infraestrutura e Serviços de Banda Larga”, realizada na terça-feira, 22/05, no Painel Telebrasil 2018.
Segundo Eduardo Tude, diretor da Teleco, os dois rankings auxiliam as cidades a identificarem os pontos que merecem aprimoramento para que se tornem mais inteligentes. A pontuação foi dada não apenas em função dos serviços, mas de sua abrangência. Já os utilizados pelos usuários têm a mesma pontuação.
A mobilidade pública e o e-gov lideraram as aplicações mais utilizadas. Dos 100 municípios, 53 possuem serviços de informações sobre transporte público, 35 sobre zona azul e 14 sobre bilhete eletrônico. Já em e-gov, a emissão de boletos de pagamento ou outros meios de pagamento está presente em 96 cidades, de licenças, certidões e outros documentos em 91 e consulta de processos administrativos em 81.
Em Juiz de Fora, a primeira colocada, foram registrados 719 mil acessos ao app de horário de transporte público, 218 mil usuários mensais utilizaram a emissão de boletos e o município conta com 180 mil prontuários médicos. Tem 546 mil habitantes.
Infraestrutura mais acessível
Na terceira edição do Ranking de Cidades Amigas da Internet, Uberlândia manteve sua liderança. Tude explicou que o levantamento tem sido bem aceito pelos governos das cidades analisadas, mesmo nas que detêm uma posição ruim. “Percebemos que há muito interesse em aprimorar o desempenho para estimular a oferta de serviços de telecom com a elaboração de políticas públicas para facilitar a instalação da infraestrutura necessária”, observou.
Um dos exemplos disso, relatou, foi a conquista de 20 posições da cidade de Ponta Grossa, no Paraná, a partir da mudança de legislação. No ranking são analisadas as restrições para a implantação de ERBs, a burocracia no processo e os custos. “O tempo para se obter uma licença pode superar um ano em algumas localidades”, disse Tude.
A segunda colocação no ranking também não foi alterada, Várzea Grande, no Mato Grosso. Já a terceira colocada, Rio Branco (AC), conquistou três posições e a quinta, Guarulhos (SP), ultrapassou 8 posições. Em quarto lugar está São José dos Campos (SP), e em sexto lugar, Cuiabá (MT), que avançou uma posição.
A pior colocada no ranking foi Brasília (DF). São Paulo, que terá nova legislação para implantação de ERBs, foi a penúltima. Estão ainda entre as piores avaliadas Ribeirão Preto/SP (96º), Fortaleza/CE (97º) e Contagem/MG (98º).
Veja a entrevista com o diretor da Teleco, Eduardo Tude.