Nokia: redes como serviço são inevitáveis e software fará a diferença no 5G

O vice-presidente de Tecnologia da fabricante, Michael Rylander, admite que serviços e produtos se tornarão uma única coisa e deseja “que o leilão do 5G traga as melhores oportunidades para o Brasil.”

A sustentabilidade deixou de ser uma opção e agora está no centro de toda e qualquer decisão no mundo das telecomunicações, afirmou o vice-presidente de Tecnologia da Nokia, Michael Rylander, ao participar nesta terça-feira, 28/9, do Painel Telebrasil 2021. Para o executivo, o 5G – que mal começou no mundo – é o tecido que vai viabilizar ao planeta alcançar suas metas de sustentabilidade, entre elas, a redução do consumo de energia. Rylander, inclusive, desejou boa sorte ao país. “Que o leilão do 5G traga as melhores oportunidades ao Brasil”, frisou.

Sobre a evolução das telecomunicações, o VP de Tecnologia da Nokia deixou claro que o consumo de energia elétrica vai crescer dez vezes mais, e ações deverão ser tomadas para reduzir esse número em nome do desenvolvimento sustentável. Uma das medidas é o uso de novas tecnologias, como a inteligência artificial. Outra é melhorar o desempenho do sistema para reduzir o custo do dólar. “Não tenho dúvida que para reduzir o consumo energético é necessário ter inovação nas redes”, destacou.

Rylander considera que o setor passa por um ciclo de três ondas. A primeira, que já acontece, é a do desempenho do sistema. A segunda é a da agilidade do software, que desemboca na prioridade à aplicação e a terceira onda é a rede como serviço, definida como inevitável pelo executivo. “Serviços e produtos se tornarão uma única coisa. Vamos pagar o que consumimos como serviços e comprar serviços automatizados. Vamos ter serviços baseados em resultados que abrem novas oportunidades”, preconizou.

O VP da Nokia disse que há movimentos fortes em direção à segunda onda – com o software tendo prioridade –, mas a terceira onda não está distante por conta do 5G. “Nós, como Nokia, queremos avançar nas três fases para vencermos essa maratona”, relatou. O executivo aproveitou ainda para falar do Conectar Agro, projeto que a Nokia conduz junto com outras empresas para levar banda larga para o campo no Brasil. Hoje o projeto tem 5,5 milhões de hectares já cobertos e a meta é alcançar 13 milhões.

“Esses agricultores não tinham banda larga, e precisamos ter produtividade para atender à demanda crescente por alimentos. Agora eles podem ter gerenciamento em tempo real, fazer manutenção remota de máquinas e ter Internet das Coisas para aumentar a produtividade”, afirmou. A sociedade, adicionou Rylander, terá de ser mais colaborativa para se tornar mais inclusiva. Ele lembrou que a pandemia de Covid-19 trouxe à tona a necessidade de assegurar que todos tenham acesso a conectividade para o trabalho, escola, atendimento à saúde e tudo o mais.

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