Sem antenas, Brasil fica bem longe dos benefícios do 5G

A nova tecnologia móvel permitirá o aumento da competitividade do País, mas sem atualização da legislação, o Brasil corre sério risco de perder o momento da transformação digital, afirma o diretor do SindiTelebrasil Ricardo Dieckmann.

Sem antenas, o Brasil fica bem longe dos benefícios do 5G e, portanto, há urgência em atualizar legislações anacrônicas e ultrapassadas dos municípios para evitar que o País fique para trás e continue nas últimas posições em rankings de produtividade e competitividade mundial, afirma o diretor do SindiTelebrasil Ricardo Dieckmann.

À Agência Telebrasil, ele explicou que o 5G vai exigir milhares de pequenas células, do tamanho de caixas de sapato, para oferecer a maior capacidade e a menor latência prometida pela nova geração de telefonia. Dieckmann observou que o 5G não é apenas uma tecnologia pós-4G. A nova geração vai trazer transformação digital e aumentar a competitividade com a oferta de novas aplicações.

“É certo que não se pode ter as mesmas exigências para a instalação dessas pequenas células comparadas a antenas de 50 metros. As legislações precisam mudar e serem adequadas ao 5G. Não será mais uma questão de ter mais velocidade para baixar vídeo, mas de se ter uma rede capaz de ofertar serviços ainda desconhecidos”, salientou Ricardo Dieckmann.

O diretor do SindiTelebrasil comemorou o fato de duas cidades representativas – Porto Alegre e Fortaleza – terem deixado de ser referências negativas e se tornado exemplos de boas práticas de legislações favoráveis à instalação de infraestrutura de telecomunicações. “Essas cidades fizeram a lição de casa e agilizaram os processos”, disse Dieckmann.

Já capitais relevantes, como Belo Horizonte e São Paulo, seguem com regras defasadas e anacrônicas. “Na ausência de sinal, o smartphone se transforma em uma máquina fotográfica. Sem sinal, as máquinas de pagamento não funcionam e não há desenvolvimento econômico. É mandatório que se permita instalar antena e fibra”, salientou o diretor do SindiTelebrasil.

Em Belo Horizonte, destacou, as prestadoras têm dificuldades para fazer upgrade de tecnologia – mudar suas redes 2G para 4G. Em São Paulo, há mais de 700 pedidos parados e uma previsão imediata de investimentos orçada em R$ 600 milhões. Assistam à entrevista com Ricardo Dieckmann sobre a chegada do 5G no Brasil.

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