Telefonia é o segmento da infraestrutura brasileira mais bem colocado no Relatório de Competitividade 2013

Documento elaborado pelo Fórum Econômico Mundial faz uma comparação com 144 Países e leva em conta fatores que limitam ou estimulam a competitividade

Brasília, 10 – Destoantes dos demais segmentos de infraestrutura, a telefonia fixa e a telefonia móvel no Brasil são os serviços brasileiros mais bem posicionados na comparação com os demais países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O estudo que mostra um desempenho de destaque da telefonia no Brasil faz parte do Ranking Global de Qualidade da Infraestrutura, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial em seu relatório de 2013 sobre competitividade.

Na avaliação, que leva em conta fatores que limitam ou estimulam a competitividade em 144 países, a telefonia fixa do Brasil aparece mais bem colocada que os demais países dos BRICS, à exceção da Rússia. Na telefonia móvel, o Brasil está ainda mais bem posicionado, com desempenho bastante superior ao da Índia e China.

Quando a comparação é por serviços de infraestrutura brasileiros, vemos que a telefonia móvel está 59 posições mais bem colocada que as ferrovias, 82 posições acima das estradas, 93 posições à frente do transporte aéreo e 94 posições mais bem avaliada que os portos. A vantagem potencial do Brasil em telecomunicações é ainda maior quando se constata que o País aplica uma das maiores cargas tributárias setoriais nesse segmento. Uma vez removido esse obstáculo, o país avançaria ainda mais nas posições.

Investimentos – O desempenho significativo da telefonia pode ser verificado no Brasil pelos constantes investimentos realizados pelas prestadoras, especialmente na ampliação da infraestrutura de redes e na melhoria da qualidade dos serviços. Em 2012, as telecomunicações fizeram investimentos recordes de R$ 25 bilhões. Desde 1998, foram mais de R$ 284 bilhões, o que em valores atualizados superam R$ 400 bilhões.

Estamos falando de um universo de clientes que supera em números a população brasileira. Chegamos a 264 milhões de chips ativos de telefonia móvel e 44 milhões de linhas de telefonia fixa. A infraestrutura desses dois serviços suporta mais de 96 milhões de acessos em banda larga em todo o País.

A infraestrutura da telefonia fixa está presente em mais de 39 mil localidades. As redes de terceira geração (3G) estão em 3.333 municípios, onde moram 88% dos brasileiros. E a novíssima tecnologia 4G, que vai ampliar consideravelmente a velocidade de conexão, já começou a ser oferecida no País. Além dessa capilaridade e da presença em todas as classes sociais, os serviços de telefonia apresentam uma intensa utilização, com constantes inovações tecnológicas e alto grau de interatividade.

Mas esse desempenho enfrenta sérios obstáculos, como “uma excessiva regulamentação governamental” e “tributação muito alta”, como exposto no relatório do Fórum Econômico Mundial. A elevada carga tributária brasileira, uma das mais altas do mundo, penaliza o cidadão em mais de 46% sobre os preços dos serviços. Em 2012, por exemplo, os usuários pagaram R$ 61 bilhões em tributos sobre a conta de telefone, especialmente com o ICMS, que recolheu aos cofres dos governos estaduais R$ 33 bilhões.

Os serviços de telecomunicações, principalmente na última década com a banda larga, têm se apresentado como alternativa sustentável para diversos segmentos da economia, inclusive para aumentar a efetividade das demais infraestruturas do Brasil em prol do aumento da competitividade nacional. As telecomunicações substituem, por exemplo, os transportes, permitindo que uma infinidade de dados trafeguem em suas redes, além da circulação instantânea de mensagens, torpedos e e-mails. As prestadoras de telecomunicações têm presente a importância de seus serviços para esse mundo moderno de inclusão social, informação e conhecimento e reforçam seu compromisso de continuar trabalhando para melhor atender seus clientes, com oferta de serviços de qualidade.

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