Matéria do Jornal da Globo registra posicionamento do SindiTelebrasil sobre leilão da Banda H
A edição do dia 18 de novembro do Jornal da Globo, da Rede Globo de Televisão, trouxe matéria sobre o leilão da Banda H. Com o título “Anatel leiloa última faixa de frequência para celulares com tecnologia 3G”, o jornal registrou a informação de que o número de celulares ultrapassou o de habitantes no Brasil, informou sobre a importância da comunicação móvel e entrevistou especialistas no assunto e representantes do setor, entre eles o diretor-executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy.
Leia, a seguir, a íntegra desta matéria.
“Pelas regras do leilão, só empresas que ainda não operam no mercado de 3G entrarão na disputa. O mercado de celular do Brasil é um dos mais promissores do mundo. O Brasil já tem mais celulares do que número de habitantes. Falta agora baratear a banda larga na telefonia móvel.
Uma marca histórica: um celular por habitante. São 194 milhões de linhas para 193 milhões de brasileiros como divulgou hoje a Anatel. O mercado de celular do Brasil é um dos mais promissores do mundo. E prepare-se porque até o fim do ano as opções vão aumentar.
Isso porque a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) marcou para começo de dezembro o leilão da chamada banda H. Para entender, imagine uma rodovia com quatro pistas. Cada uma ocupada por uma grande operadora de telefonia móvel. O que a Anatel vai leiloar é uma nova pista, ou seja, a banda H – a última faixa de frequência para celulares com tecnologia 3G que permite o acesso do aparelho à Internet em banda larga.
“De um modo geral, você dar mais frequência para as operadoras permite que elas aumentem a capacidade de dados através do celular e a velocidade dessas redes, então a gente pode esperar um acesso de dados com mais velocidade, com mais qualidade”, explica Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.
Pela regras do leilão, só as empresas que ainda não operam no mercado de 3G entrarão na disputa. “A gente espera muita competição na licitação. É a última oportunidade para uma licença de 3G, por isso a importância da manutenção das regras. Primeiro vamos ganhar e depois falamos sobre estratégia”, diz Alfredo Ferrari, vice-presidente da Nextel.
Já as quatro grandes operadoras só poderão participar se não aparecer nenhum interessado. O sindicato que as representa pediu a impugnação das regras do leilão. “Nós entendemos que participando do leilão, a sociedade vai ganhar porque vai haver maior competição. Não significa necessariamente que vamos ganhar. Não queremos alijar ninguém do jogo, não queremos dizer também que vamos ganhar o jogo, queremos participar do jogo”, argumenta Eduardo Levy, diretor-executivo do SindiTelebrasil.
No meio desta disputa está o consumidor. O preço para acessar a Internet pelo celular ainda é salgado. É mais caro do que no Chile, Argentina e México. Se compararmos com a Europa, a situação piora. Lá, apesar de a velocidade ser maior as tarifas são menores.
“Esse leilão é importantíssimo porque de fato estamos migrando pra uma situação no mundo e no Brasil que a Internet vai ser cada vez mais importante”, avisa Renata Machado, economista da MB associados.”