Empresas e pessoas mudaram a forma de interagir a partir da Covid-19
Os serviços digitais foram incorporados aos hábitos das pessoas e das empresas, e as telecomunicações estão cada vez mais essenciais, diz Márcia Ogawa, sócia da Deloitte no Brasil.
Uma nova sociedade está sendo definida a partir da pandemia do coronavírus, afirma a sócia da Deloitte no Brasil Márcia Ogawa. À Agência Telebrasil, a especialista diz que a Covid-19 acelerou muito a transformação digital das empresas e das pessoas. Para ela, as telecomunicações provaram ser o pilar da economia digital e serão ainda mais essenciais na reconstrução da sociedade no pós-pandemia.
É fato que o coronavírus teve um forte impacto na economia mundial. A própria Deloitte fez ajustes nas suas projeções direcionadas para TICs em 2020, destacando os segmentos que vão florescer e os que vão sentir os efeitos de modo mais significativo. A consultoria projeta que a conexão do mundo real ao digital, batizada de gêmeos digitais, chegou para ficar. “É comprovado que a união do trabalho físico ao digital aumenta a eficiência, transforma e otimiza processos”, reforça o levantamento, divulgado pela União Internacional de Telecomunicações.
O levantamento apura ainda que as soluções baseadas em Inteligência Artificial (IA) estão redefinindo a maneira como vivemos a tecnologia. Os analistas da Deloitte ressaltam que já há investimentos em tecnologias para entender melhor os seres humanos e oferecer respostas de formas mais apropriadas e próximas às relações inter-humanas, com fatores emocionais.
Em contrapartida, há segmentos bastante afetados. A Deloitte estima uma queda de até 10% nas previsões feitas para a venda global de smartphones, por conta do fraco desempenho no primeiro semestre. O uso dos chips Edge Inteligência Artificial, aguardados com muita expectativa, também não será como idealizado.
A Deloitte previu que um terço dos smartphones teria unidades de processamento neural em 2020, com cerca de 500 milhões de chips de um total de 750 milhões de processadores edge IA. A nova projeção reduz a quantidade em 100 milhões. E até 2024 a perspectiva é de que sejam confirmados 1,6 bilhões de chips.
O impacto da Covid-19 no ano de 2020 é efetivo, mas ainda assim a sócia da Deloitte no Brasil não se mostra pessimista. Márcia Ogawa admite que muitas mudanças – e rápidas – aconteceram, mas observa que a pandemia permitiu uma revisão cultural com relação ao teletrabalho. “O que havia de resistência se perdeu por conta da necessidade efetiva de se usar”, relata.
Ao fim, acrescenta a especialista, a pandemia trouxe uma nova forma de interagir e o pós-covid-19 mostrará os serviços digitais incorporados aos hábitos das empresas e pessoas. Assistam ao posicionamento da sócia diretora da Deloitte Brasil.