Multicloud, cibersegurança e Internet das Coisas lideram preferência de investimento na transformação digital
Mesmo ainda longe da realidade da grande maioria das empresas brasileiras – apenas 6% se consideram líderes digitais –, novas tecnologias concentram boa parte dos recursos existentes. O maior medo das empresas é ficarem obsoletas em um prazo de cinco anos e perderem espaço para a concorrência.
A maioria das empresas brasileiras de grande e médio portes ainda está investindo com extrema cautela e muito lentamente em transformação digital, apontou pesquisa patrocinada pela Dell Technologies em parceria com a Intel e realizada pela Vanson Bourne no segundo semestre de 2018. O Índice de Transformação Digital da Dell Technologies (DT index) apurou que apenas 6% das empresas brasileiras podem ser consideradas líderes digitais, ou seja, já têm a digitalização enraizada no negócio.
Das 100 companhias brasileiras entrevistadas, 33% estão avaliando as soluções, fazendo experimentações e destinando algum recurso para isto, ou seja, investem de forma gradual e com maior cautela; 22% ainda se movem muito lentamente, avaliando o que podem adotar, mas sem ter programa de investimentos voltado para transformação digital e 2% nem sequer têm um plano digital em vigor, sendo chamadas de retardatárias digitais.
Além dos 6% das empresas brasileiras que podem ser consideradas líderes digitais, 37% são adotantes digitais, ou seja, estão ainda em processo de adotar a transformação digital, mas já segregam parte dos investimentos para isto e têm um plano digital maduro e investimentos em inovação. “A transformação digital está mudando a forma como vivemos, trabalhamos e conduzimos os negócios. As oportunidades são ilimitadas, mas as empresas precisam se mover. É uma questão de sobrevivência”, advertiu o vice-presidente sênior e gerente-geral da Dell EMC Brasil, Luis Gonçalves.
O estudo mostra que as empresas estão alocando seus investimentos no ambiente multicloud (62%), em cibersegurança (61%), em IoT (57%), em inteligência artificial (55%); na abordagem de computação centrada (48%), em tecnologia flash (43%), em realidades virtual e aumentada (43%) e em blockchain (38%). O estudo também apura que 86% dos líderes admitem que há muitas barreiras a serem superadas.
Um quarto dos líderes está preocupado com as dificuldades para atender às demandas dos clientes; 26% temem que suas empresas não acompanhem a evolução e se tornem obsoletas; e apenas 15% acreditam fortemente que estarão na posição de incomodar em vez de serem incomodadas pela concorrência em cinco anos.
Entre os principais entraves à jornada digital, 33% dos entrevistados apontam a regulamentação ou mudança nas leis; 31%, a preocupação com privacidade e segurança dos dados; 30%, a sobrecarga de informação; 26%, a fraca governança e estrutura digital; e 24%, a falta de conjuntos de habilidades e conhecimentos internos adequados.
Para superar as barreiras, 67% usam as tecnologias digitais para acelerar o desenvolvimento de novos produtos e serviços; 53% adotam o desenvolvimento ágil; 67% estão implementando sistemas de segurança e privacidade em todos os dispositivos; 70% se esforçam para desenvolver as habilidades necessárias para a força de trabalho, como programar, por exemplo; e 63% compartilham conhecimento entre as funções.
O estudo da Dell, em parceria com a Intel, ouviu 4.600 pessoas para mapear os progressos da transformação digital de empresas de médio e grande porte em 42 países. No Brasil, foram entrevistados profissionais de 100 empresas líderes.