Revisão do modelo de formação de mão de obra é urgente no Brasil
O conhecimento técnico e científico é muito importante, mas não resolve todas as demandas exigidas pela transformação digital, adverte o professor da Fundação Getúlio Vargas Pablo Cerdeira.
O Brasil precisa revisar, e de forma urgente, o modelo de formação de mão de obra para as novas tecnologias, sustenta o professor da FGV Pablo Cerdeira. Em entrevista à Newsletter da Telebrasil, o especialista diz que as tecnologias evoluíram de forma muito acelerada e a formação de mão de obra não acompanhou o ritmo.
“Ainda estamos em um ritmo de anos atrás, com exigências tradicionais de graduação, mestrado e doutorado, quando nem sempre esse modelo é o mais correto para as novas tecnologias. Também temos de tomar cuidado de especializar um jovem em uma linguagem que em pouco tempo deixará de ser usada e determinar o subemprego”, pondera Cerdeira.
Para o professor, o conhecimento técnico e científico é muito importante, mas não basta. “O que temos de fazer logo é uma aproximação entre as áreas de exatas com as de humanas, passando pelas ciências sociais. O profissional de hoje e de amanhã exige uma troca maior entre as áreas e ela não acontece como deveria no Brasil.” Assistam à entrevista com o professor da FGV Pablo Cerdeira.
FGV – Fundação Getúlio Vargas