Antenas têm participação grande no atendimento ao aumento de demanda, especialmente na periferia, avalia o presidente da Abrintel
Para o presidente da Abrintel, Luciano Stutz, a rede de telefonia e internet móvel têm uma participação muito grande no atendimento desse novo tráfego gerado pelo trabalho remoto.
Para o presidente da Abrintel, Luciano Stutz, a rede de telefonia e internet móvel têm uma participação muito grande no atendimento desse novo tráfego que passou a ser gerado pelas pessoas que estão se comunicando e trabalhando remotamente. Nesse sentido, na opinião dele, é importante que os municípios atualizem suas legislações municipais de instalação de infraestrutura e deem agilidade ao processo de licenciamento de antenas.
Segundo Stutz, nesse momento, é fundamental garantir a conectividade, que é o que vai permitir o atendimento a novas demandas, como o teletrabalho. Em muitos lugares, como nas periferias, é o smartphone que está sendo usado para manter essa conectividade, avalia. “Os smartphones estão cada vez mais presentes como meio de conexão das pessoas. Como foi tudo muito rápido, em caráter de emergência, esses smartphones se transformaram no dispositivo que as pessoas estão usando”, afirmou, lembrando que a demanda migrou dos escritórios e comércio para as residências.
Ele destacou também a importância das antenas nas ligações e comunicação por voz, especialmente para o trabalho de agentes públicos de saúde e segurança, que estão nas ruas com o suporte dessa comunicação e mobilidade. Diante disso, o presidente da Abrintel defende a necessidade de atualização das leis municipais que hoje dificultam a ampliação da cobertura. Segundo ele, os executivos municipais, diante da elevação da demanda, devem acelerar os processos de licenciamento e provocar os legislativos a aprovar as leis de instalação de antenas que já estão propostas, citando os casos de Belo Horizonte e São Paulo, onde as legislações são antigas e projetos de lei com a atualizam das regras de licenciamento já estão há muito tempo em discussão.
“BH e São Paulo, que além de serem grandes centros, já tem leis discutidas e prontas para aprovação. O executivo também tem esse poder de chamar o legislativo e dizer, olha precisamos aprovar essas leis”, defendeu. “Em São Paulo, é praticamente impossível e em BH é muito difícil colocar uma antena nova. A gente sabe que essas leis estão sendo discutidas há muito tempo, e prontas para serem aprovadas”, acrescentou.
Ele reforçou a avaliação de que hoje as redes estão suportando bem, mas se a quarentena se estender por meses e nesse período a concentração de tráfego pode aumentar, o que exigir mais capacidade de tráfego.E nas periferias e grandes comunidades, a necessidade de mais antenas, que já era existia antes da pandemia em função das limitações municipais para a instalação de antenas, agora se tornou mais evidente.