Bloqueio da Porta 25 reduz de envio de spams no Brasil

Gerenciamento da rede foi adotado no fim do ano passado e ampliou a segurança da Internet no País, reduzindo o envio de spams

Brasília, 20 – O Brasil não está mais entre os 10 principais países do mundo no envio de spams. A atuação das prestadoras de telecomunicações foi determinante para a significativa redução da quantidade de spams oriundos no Brasil e é resultado da implantação de uma regra de bloqueio para determinados pacotes de dados. Essa regra é mais uma entre dezenas de outras relativas à atividade de gestão que as empresas executam em suas redes, a partir de monitoração dos cabeçalhos dos pacotes que trafegam na Internet.

A medida foi adotada no fim do ano passado pelas prestadoras de telecomunicações em conjunto com o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e a Associação Brasileira de Internet (Abranet) e contou com o apoio de órgãos de defesa do consumidor. A estratégia conjunta de bloquear os pacotes de dados que trafegam no Brasil pela porta 25, principal saída desse tipo de e-mail, ampliou a segurança da rede brasileira e reduziu o envio de spams.

Em 2009, o Brasil era o primeiro da lista no envio de spams, com mais de um milhão de IPs, que correspondiam a 17% de todos os IPs listados, hoje aparece na 12ª posição, com menos de 200 mil IPs, o que representa apenas 2% dos IPs listados, de acordo com as estatísticas da lista CBL (Composite Blocking List – http://cbl.abuseat.org/country.html). A CBL atualiza diariamente dados consolidados referentes a IPs que enviaram spam no período de 10 dias anteriores à atualização.

O bloqueio da Porta 25 é um exemplo do benefício que a gestão de redes pode trazer tanto para o sistema quanto para o usuário de telecomunicações, que terá um ambiente mais seguro para usar a internet. O SindiTelebrasil entende que ações dessa natureza devam ser adotadas sempre que se mostrem indispensáveis à garantia da segurança e à estabilidade da rede.

Medidas como essa, que exigem gerenciamento de redes, podem vir a ser proibidas caso seja aprovada a atual redação proposta pela relatoria para o Marco Civil da Internet. O setor de telecomunicações entende que novas legislações para o uso da internet no Brasil devem assegurar os direitos de liberdade de expressão e privacidade, sem limitar a possibilidade de escolha de serviços que melhor atendam ao perfil de cada usuário e sem impedir ações de gerenciamento que contribuam para o bom funcionamento das redes e da internet como um todo.

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