Brasil cai duas posições no Índice Global de Inovação
País ocupa, agora, a 66ª no principal ranking do segmento, publicado anualmente pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Na América Latina, Brasil fica atrás do Chile, da Costa Rica e do México.
Entre 129 países, o Brasil é o 66º mais inovador segundo o Índice Global de Inovação (IGI). O país perdeu duas posições em relação ao ano anterior, em que ocupava o 64ª lugar. Suíça, Suécia, Estados Unidos, Países Baixos e Reino Unido lideram o ranking divulgado nesta quarta-feira (24/7), em Nova Deli, na Índia. A China, por sua vez, segue em ascensão, agora em 14º lugar entre as nações mais inovadoras, ultrapassando o Japão (15º).
A classificação é publicada anualmente pela Universidade Cornell, pelo INSEAD e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Um dos fatores determinantes para o resultado foi a piora na avaliação dos insumos para inovação, que são o conjunto de ferramentas disponíveis no país para o desenvolvimento da inovação – o Brasil caiu de 58º para 60º lugar. Por outro lado, o país teve leve melhora de posição no subranking de resultados da inovação, saindo de 70º para 67º.
Apesar de ser a maior economia da América Latina e Caribe, o Brasil é apenas o 5º mais inovador entre as 19 economias da região, e segue atrás de Chile (51º), Costa Rica (55º) e México (56º). “O progresso do desempenho em inovação ainda é lento na América Latina e no Caribe, e o IGI indica que, apesar de melhorias incrementais e iniciativas encorajadoras, o potencial de inovação da região segue, em larga medida, inexplorado”, afirma o documento.
Segundo a publicação, os brasileiros se destacam em pesquisa e desenvolvimento (P&D), tecnologias de informação e comunicação (TIC), comércio, escala de mercado e competição, trabalhadores especializados, absorção de conhecimento e criação de conhecimento, onde o Brasil aparece entre os 50 primeiros no mundo. O Índice também destaca a presença de empresas globais no país e ressalta que o Brasil é o único da região a abrigar um cluster de ciência e tecnologia de peso internacional.
A necessidade de tornar o Brasil mais inovador tem sido uma pauta constante da Associação Brasileira de Telecomunicações – Telebrasil. Um dos pontos essenciais foi incorporado às propostas da Telebrasil 2019, entregues às autoridades durante o Painel Telebrasil 2019, realizado em maio, em Brasília: a formação de capital humano qualificado para a inserção do País na sociedade do conhecimento.
O Índice Global de Inovação está na 12ª edição e se tornou uma ferramenta quantitativa detalhada que auxilia em decisões globais para estimular a atividade inovadora e impulsionar o desenvolvimento econômico e humano. O IGI classifica 129 economias com base em 80 indicadores, que vão desde as taxas de depósito de pedidos de propriedade intelectual até a criação de aplicativos para aparelhos portáteis, gastos com educação e publicações científicas e técnicas.