Celular é o principal meio de acesso à Internet dos estudantes no Brasil

Pesquisa TIC Educação 2017, feita pelo CETIC.br, do NIC.br,  mostra ainda que os smartphones se tornaram aliados de professores e administradores de escola no interior

Noventa e sete por cento dos estudantes brasileiros – de escolas públicas e privadas das regiões urbanas – acessam a Internet por meio de seus celulares. O número não muda por região. Para 18% dos alunos, o smartphone é o dispositivo exclusivo de acesso à rede. Os dados fazem parte da 8ª edição da pesquisa TIC Educação 2017, organizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), e divulgada nesta quarta-feira, 22/08.

“A pesquisa comprova que o celular, de fato, se transformou no principal dispositivo de acesso à Internet, em especial para crianças e adolescentes em faixa etária escolar”, afirma o coordenador da pesquisa, Fabio Senne. O estudo destaca ainda que os smartphones se transformaram em bons aliados de professores e administradores de escolas no interior. Tanto é assim que 48% deles usam smartphones em atividades administrativas. Porém, apenas 3% dos aparelhos são da escola. Para 5%, os planos ou créditos são custeados pela escola, enquanto o restante dos profissionais paga por conta própria pela linha móvel.

Esses profissionais usam os aparelhos por diferentes motivos: 44%, para entrar em contato com a secretaria de educação; 39%, para se comunicar com os responsáveis dos alunos; 35%, para enviar mensagens de texto; 35%, para enviar mensagem por aplicativos; 32%, para acessar sites da Internet; 34%, para acessar programas de gestão escolar; 32%, para acessar redes sociais; e 30%, para enviar e-mails.

Enquanto a Internet e o smartphone entram na sala de aula, o TIC Educação 2017 aponta que pelo menos 40% dos professores de escolas urbanas brasileiras já ajudaram algum aluno a enfrentar situações desconfortáveis ocorridas durante o uso da internet, como bullying, discriminação, assédio e disseminação de imagens sem consentimento.
Para preparar os alunos a enfrentarem essas questões, 76% dos coordenadores pedagógicos de escolas públicas e 96% de escolas particulares afirmaram que as instituições promoveram atividades de orientação para os alunos.

Contudo, apenas 18% das escolas públicas e 41% das particulares realizaram palestras, debates ou cursos sobre o uso responsável da Internet nos últimos 12 meses. A pesquisa foi realizada em escolas públicas, exceto as federais, e privadas, com turmas de 5º ano ou 9º ano do ensino fundamental, ou do 2º ano do ensino médio, numa amostra selecionada de 1.347 escolas. Dessas escolas, 957 foram selecionadas, sendo entrevistados 957 diretores, 884 coordenadores pedagógicos, 1.015 professores (de língua portuguesa, matemática e de anos iniciais do Ensino Fundamental), além de 10.866 alunos. As entrevistas foram presenciais a partir de questionário estruturado. A íntegra da pesquisa pode ser acessada aqui.

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