Estudo da Anatel comprova que celulares não fazem mal à saúde
Levantamento da agência reguladora constatou que os aparelhos homologados apresentam um índice médio muito abaixo do recomendado pela OMS. Um exemplo: uma aparelho 4G teve o valor médio constatado de 0,291 W/kg, muito inferior ao limite máximo aprovado pela organização que é de 2 W/Kg para a região da cabeça e do tronco.
Um estudo realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel – sobre a radiação emitida pelos dispositivos de telecomunicações indica que celulares, modens wifi, telefones sem fios ou aparelhos bluetooth em uso no Brasil, e homologados pela agência, apresentam valor médio do indicador SAR “muito abaixo do valor médio recomendado pela Organização Mundial de Saúde”. A conclusão do estudo da agência reguladora refuta as teses infundadas que celulares e antenas fazem mal à saúde humana.
SAR é o acrônimo em inglês para ‘taxa de absorção específica e representa a taxa de energia eletromagnética emitida por aparelhos de comunicação sem fio que o tecido biológico do corpo humano absorve. A OMS recomenda o limite máximo de SAR de 2 W/Kg (watts por quilograma) para a região da cabeça e do tronco. Esse limite é considerado não prejudicial à saúde e é adotado pela Anatel como referência no processo de homologação dos equipamentos.
O levantamento feito pela Anatel utilizou dados de 18 mil medidas de SAR realizadas de 2013 a 2019 no Brasil. Dentre essas medidas, mais de 12 mil são de aparelhos celulares, cujos resultados demonstraram que, para a tecnologia 3G, a média das medidas apresentou o valor de 0,428W/Kg. Já para o 2G, o valor médio ficou em 0,341 W/Kg, para o 4G, o valor médio foi de 0,291 W/Kg.
O relatório da agência reguladora corrobora os conteúdos disponibilizados no site Fique Antenado!, lançado no último dia 03 de dezembro pelo SindiTelebrasil para esclarecer a população, prefeituras e vereadores sobre a instalação de antenas de celular e internet móvel e contribuir com o processo de atualização das leis municipais.
O Fique Antenado! apresenta entrevistas de especialistas e autoridadespara oferecer uma visão de como as antenas são tratadas no País do ponto de vista técnico, legal, regulatório e urbanístico, entre outros, e que derrubam teses infundadas de que antenas e celulares façam mal à saúde.
A Anatel também analisou a emissão de radiação por modens wifi (0,210 W/Kg) e aparelhos bluetooth (0,192 W/Kg), onde também se observa um valor médio bem abaixo do limite recomendado pela OMS. E destaca que ainda não existem estudos conclusivos que comprovem a existência de riscos à saúde humana causados por emissões de radiação não ionizante por equipamentos portáteis.
“Dos resultados, também se observa que o aumento da capacidade de transmissão de informações resultante da evolução das tecnologias de transmissão de dados (2G, 3G, 4G) não está associado a um incremento nos valores de emissões de radiação não ionizante pelos aparelhos”, completa a Anatel.