Fórum 5G Brasil lança documento sobre o impacto da nova geração de comunicações móveis

O 5G vai mudar o consumo das telecomunicações e o mundo prevê investir até US$ 200 bilhões por ano para criar um ecossistema global da nova tecnologia. Essa é uma das constatações do White Paper “Redes 5G – Transformando a Sociedade”.

O 5G vai mudar o consumo das telecomunicações e o mundo prevê investir até US$ 200 bilhões por ano para criar um ecossistema global da nova tecnologia. Essa é uma das constatações do White Paper “Redes 5G – Transformando a Sociedade”, lançado nesta terça-feira, 29/09, no Painel Telebrasil, pelo Fórum 5G Brasil.

Criado em 2017, no âmbito da Telebrasil, o Fórum 5G Brasil reúne associações, operadoras, indústria, academia e governo. O White Paper alerta que a crise econômica mundial causada pela pandemia da Covid-19 pode repercutir na implantação das redes 5G e recomenda que o leilão das frequências no Brasil, previsto para 2021, tenha um viés não arrecadatório.

“Assim se aumenta a capacidade de investimentos das empresas e permite ao País não atrasar a sua entrada nesta tecnologia”, reforça o estudo. O White Paper preconiza ainda o potencial econômico das aplicações viabilizadas pelo 5G. As estimativas, feitas antes da pandemia, apontam que o 5G vai gerar receitas de até US$ 3,5 trilhões apenas no ano de 2035.

Nesse mesmo ano, a produção de bens e serviços relacionados com as redes 5G poderá chegar a US$ 12,3 trilhões, com a geração de até 22 milhões de empregos. Globalmente, a projeção é de um investimento de US$ 200 bilhões ao ano para a implantação do ecossistema 5G.

O documento enfatiza que o 5G irá resultar em diversas aplicações revolucionárias, que impactarão os mais diversos setores da economia, denominados verticais de mercado. O Projeto 5G Brasil estabeleceu como prioritárias para suas ações as seguintes verticais: agronegócio; educação; indústrias de base e manufatura avançada (mineração, óleo e gás, indústria 4.0); logística (logística de carga, incluindo armazenamento na origem e destino, transporte e distribuição); saúde (incluindo logística da saúde, atendimento médico remoto e saúde pública); e segurança pública (urbana e fronteiras de terra, ar e água).

O White Paper alerta que, considerando os números, as aplicações, tais como Internet das Coisas e Internet Tátil, a as verticais de mercado afetadas, é fundamental “que se tenha investimentos no País para que as redes 5G estejam disponíveis o mais rápido possível, sob pena de o Brasil se tornar incapaz de competir no cenário mundial.”

Adverte também quanto aos aspectos regulatórios. De acordo com o documento, espectro de frequências, legislação para a instalação das radiobases, compartilhamento da infraestrutura, desoneração fiscal, simplificação de processos de certificação e homologação, aferição de qualidade, neutralidade de rede, acesso oportunista ao espectro e modelos de licitação para áreas rurais  “são de grande relevância para a implantação de uma rede 5G capaz de oferecer, na plenitude, todos os benefícios potenciais.”

O Fórum 5G Brasil tem a constituição dos seguintes associados: Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Algar, Cetuc (Centro de Estudos em Telecomunicações – PUC/Rio), Claro, CPQD, Ericsson, Febratel (Federação Brasileira de Telecomunicações), Fenainfo (Federação Nacional das Empresas de Informática), FITec, Huawei, Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), NEC, Nokia, Oi, Qualcomm, Sindisat (Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite), SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal), Telefônica, Telebrasil, TIM, Padtec e Trópico.

O projeto também conta, como observadores, com as instituições: MC (Ministério das Comunicações), Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), ConTIC (Confederação Nacional de Tecnologia da Informação e da Comunicação), Finep, UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e USP (Universidade de São Paulo).

O documento está disponível no site da Telebrasil em http://link.5gbrasil.org.br ou no QR Code abaixo.

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