Licença para instalar antenas leva em média 6 meses e não acompanha necessidade do 5G, alerta Ferrari

Durante debate promovido pelo Instituto do Legislativo Paulista, Ferrari destacou que o 5G vai permitir uma explosão de novas aplicações, mas para isso exigirá de cinco a dez vezes mais antenas que o 4G.

Brasília, 26/04/22 – O presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, afirmou na terça-feira (19) durante debate promovido pelo Instituto do Legislativo Paulista (ILP) que, na maioria das cidades brasileiras, o tempo de licenciamento para a instalação de antenas não acompanha as necessidades do 5G.

No debate que discutiu a conectividade e a inclusão social, Ferrari lembrou que o tempo médio para liberar uma licença de antenas é de seis meses, sendo que em algumas cidades chega a 1 ano. “O tempo é incompatível com a velocidade que a nova tecnologia pede”, afirmou.

Segundo Ferrari, as dificuldades para a instalação de antenas dificultarão a chegada do esperado mundo mágico do 5G, já que a nova tecnologia vai exigir de cinco a dez vezes mais antenas que o 4G.

O setor de telecomunicações defende a modernização das leis municipais de antenas para a adequação das legislações locais à Lei Geral de Antenas, que prevê um licenciamento rápido e facilitado, principalmente para as antenas que pequeno porte, que serão as usadas no 5G.  “A maioria são leis do início da telefonia celular, do 2G. O 5G está no século 21 e as leis estão ainda no século passado. Existe um descompasso entre o que a legislação permite fazer e o que a tecnologia oferece”, disse.

Durante a apresentação, Ferrari lembrou que a nova tecnologia vai trazer uma explosão de aplicações, que permitirá ter uma participação maior na vida das pessoas do que o 4G, o que inclui casa inteligente, realidade aumentada, saúde monitorada, carro conectado, entre outras.

“Com o 5G a nossa relação com a banda larga não vai ser só por meio de celular, vai ser por meio de diversos dispositivos que estarão conectados, seja na nossa vida cotidiana, seja nos serviços que consumimos, seja nos produtos que iremos consumir. É uma aplicação ampla das redes de telefonia móvel promovendo conectividade e inclusão digital”, disse. Essas aplicações serão possíveis graças à altíssima velocidade, baixo tempo de resposta e à largura da banda do 5G.

O 5G, lembrou, vai transformar a vida das cidades com melhoria na saúde, segurança, educação e na produtividade.

O impacto do avanço da conectividade na vida das pessoas também discutido pelos outros participantes do debate. O defensor público coordenador da coordenadoria de tecnologia da informação da defensoria pública do estado de São Paulo, Erik Saddi Arnesen, lembrou que a pandemia mostrou o quanto a tecnologia é essencial e lembrou que o acesso à banda larga permitiu manter os serviços da defensoria pública mesmo durante a pandemia, quando os atendimentos presenciais foram suspensos.

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