Uber: sem conectividade, nosso serviço não funciona

Ao participar do Painel Telebrasil 2020, a CEO da Uber no Brasil, Claudia Woods, contou sobre a reinvenção de serviços para atender ao brasileiro durante a pandemia. Para a retomada, segurança é o pilar da estratégia.

Com 22 milhões de usuários, 1 milhão de parceiros e presença em cerca de 500 cidades, o Brasil é um dos três principais mercados para a Uber no mundo. “Dependemos da conectividade para que o serviço funcione e tenha capilaridade”, destacou Cláudia Woods, CEO da Uber no Brasil, durante debate na manhã desta terça-feira, 8/9, no Painel Telebrasil, que, neste ano, ocorre de forma totalmente online. 

Durante a pandemia da Covid-19, a Uber, que tem o compartilhamento de viagens (riding sharing) como carro-chefe no País, viu o serviço de entrega de refeições Uber Eats crescer e se reinventar, além de ter lançado o Uber Flash, voltado a viagens para enviar itens pessoais sem sair de casa.

“No momento da pandemia, o Uber Eats se reinventa e passa a ser plataforma de serviços variados, com delivery de supermercado, farmácia, pet, lojas de conveniência. Esta expansão aconteceu do dia para noite com o fechamento [quarentena] e com as pessoas ficando em casa. Para o nosso negócio, o core é a movimentação, mas a conectividade permitiu que se `pivotasse´ o negócio para atender às pessoas que estavam em casa com estas necessidades”, explicou Cláudia.

Em comparação com a movimentação de um ano atrás, o Uber Eats registrou crescimento de 100%, disse a CEO. Novos serviços vieram a partir da aquisição da Cornershop, possibilitando a usuários fazer pedidos em supermercados por meio dos aplicativos Uber e Uber Eats. Em outubro de 2019, a Uber anunciou o acordo para adquirir participação majoritária na Cornershop, startup chilena que também está presente no Brasil, Canadá, Colômbia, Peru, México e Estados Unidos. Cláudia disse que o Brasil foi o primeiro país a ter os serviços integrados entre Uber e Cornershop.

Lançado em meio à pandemia, o Uber Flash respondeu, segundo a CEO, a uma demanda dos usuários, que já vinham lançando mão da prática de forma indireta. “Muitos pediam viagens para entrega de coisas de forma informal. Então, passamos a oferecer este serviço”, contou. Também lançado no período de quarentena, o Uber Pass é um plano de assinatura da Uber que engloba entregas de pedidos de Uber Eats, pedidos de Cornershop, desconto em viagens de UberX e atendimento preferencial nos canais de suporte da Uber.

“Tudo isto só faz sentido porque o Brasil é mercado onde lançamos em primeira mão muitos serviços”, disse. Para a CEO, a principal lição que fica do período da pandemia é a adaptação. “Quando a gente reflete os últimos seis meses, presente e futuro, o que fica mais forte é que cada município se comporta de modo diferente. Nós já temos isto de ser local e, mais que nunca, estamos preparados para algumas cidades irem para o novo normal de forma mais rápida, enquanto outras permanecerão [em quarentena] mais tempo; e isto está mudando em velocidade diferente”, analisou.

Para a executiva da Uber, a capacidade de se adaptar a todas as cidades passa a ser mais forte agora, atendendo às demandas de aberturas parciais ou totais do dia para noite. “Fica como reflexão para os negócios e para os times como a gente consegue se preparar para a escala e flutuação”, comentou. “Quando focamos nos próximos três meses, um pilar muito importante a não esquecer é a segurança; como manter parceiros e usuários seguros (com divisória, álcool gel, máscaras). Isso será crítico nos próximos três meses e vemos que a palavra segurança ganha uma nova definição: segurança com saúde”, finalizou  Claudia Woods.

Os desafios para a retomada da economia e o papel fundamental de telecom neste processo estão em debate no Painel Telebrasil 2020, nos dias 8, 15, 22 e 29 de setembro. As inscrições são gratuitas e a programação completa do Painel pode ser acessada no site http://paineltelebrasil.org.br/.

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