SindiTelebrasil trata do sucesso da privatização das telecomunicações em programa da Rádio Nacional

O diretor-executivo do SindiTelebrasil – Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal –, Eduardo Levy, concedeu entrevista à Rádio Nacional. Ao celebrar 12 anos de privatização das telecomunicações no Brasil, completados em 29 de julho último, lembrou o entrevistado: “Hoje, qualquer pessoa entra numa loja de celular e já sai de lá falando”.

Diretor-executivo do SindiTelebrasil fala dos 12 anos de privatização das telecomunicações, em programa de rádio.

Na comemoração dos 12 anos de privatização das telecomunicações no Brasil, completados no dia 29 de julho, o diretor-executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, concedeu entrevista à Rádio Nacional e ressaltou o espetacular crescimento do número clientes do setor, que saltou de 29,9 milhões, em 1998, para os atuais 240 milhões.

Levy registrou que neste período as empresas privadas de telecomunicações investiram mais de R$ 180 bilhões no País, sem contar com os R$ 37 bilhões aplicados na compra de outorgas e de licenças para a prestação dos serviços.

Ferramenta de inclusão econômica e social

Na entrevista, o diretor-executivo lembrou que antes da privatização o telefone era caro – cerca de R$ 5 mil – e a espera por uma linha chegava a até dois anos. “Hoje em dia, qualquer pessoa entra numa loja de telefonia celular e sai de lá falando no mesmo momento”, afirmou ele, ressaltando o papel importante do telefone, inclusive como ferramenta de trabalho. “Sem dúvida, é um grande plano de inclusão”, afirmou.

Levy assinalou ainda a importância das redes de telecomunicações na vida social e econômica do País, e deu como exemplos a declaração do imposto de renda, que será toda feita pela Internet, e a apuração do resultado das eleições.

“Todo o sistema de transmissão do TSE se baseia nos serviços de telecomunicações. Não tenha dúvida de que foi uma mudança muito grande e, que se deixe claro, foi feita sem nenhum centavo de dinheiro público”, afirmou, lembrando que só em impostos o setor de telecomunicações arrecadou no ano passado R$ 42 bilhões para os cofres públicos. Recursos de impostos e de fundos setoriais, segundo Levy, poderiam ser utilizados para a expansão dos serviços, como a massificação da banda larga.

O diretor do SindiTelebrasil comentou ainda que o processo de consolidação pelo qual passam as telecomunicações no Brasil se inclui em um contexto mundial, verificado também em outros segmentos da economia. Segundo ele, qualquer consolidação é boa para o consumidor, na medida em que ele possa exigir sempre um serviço de melhor qualidade.

Ao ser questionado sobre as reclamações que as empresas do setor recebem nos Procons, Levy ponderou que qualquer segmento que tenha uma base enorme de clientes, como os 240 milhões das telecomunicações, também terá um número alto de reclamações. “Seria importante que os Procons levassem em consideração o número de reclamações proporcionalmente à base de clientes”, afirmou.

Ele ressaltou que os serviços de telecomunicações no Brasil seguem padrões internacionais de qualidade e metas definidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo Levy, é importante considerar ainda que o setor está sempre em expansão, o que exige constante atualização tecnológica das redes.

Atualização tecnológica permanente

“Estamos em permanente expansão. A cada minuto nós estamos ativando 30 novos circuitos de banda larga e, a cada dia, nós estamos implantando um novo município com uma estação de banda larga móvel de terceira geração”, constatou.

Segundo o diretor do SindiTelebrasil, as operadoras buscam constantemente melhorar seus serviços. “Percebemos que já há uma tendência de melhora e, com certeza, vai melhorar, porque não há como você segurar o seu cliente se ele está insatisfeito”, argumentou.

Ele lembrou que, no Brasil, já foi implantada a portabilidade numérica, que permite ao usuário trocar de operadora e permanecer com o mesmo número de telefone. “A competição é a melhor coisa que se pode fazer para melhorar a qualidade. Esse é um dos fatores pelos quais nós somos contra a criação de empresas estatais ou de monopólio, porque se você tem monopólio não tem para onde ir”, acrescentou.

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