TIM: é hora de o Brasil romper o círculo vicioso de uma regulação pré-histórica

Na sua apresentação no Painel Telebrasil 2018, o presidente da TIM Brasil, Stefano De Angelis, enfatizou que o Brasil precisa avançar para não ficar pra trás no mundo digital.

O presidente da TIM Brasil, Stefano De Angelis, defendeu que o Brasil precisar romper o círculo vicioso de uma regulação pré-histórica, uma alta carga tributária e fundos não aplicados e evoluir para um círculo virtuoso que inclua imediata revisão regulatória, aplicação dos fundos setoriais e uma desoneração que se reflita em preços mais acessíveis para os consumidores.

Segundo ele, o novo paradigma é a banda larga, e o Brasil possui uma penetração baixa na oferta fixa, de apenas 40%, com um crescimento anual de apenas 1 ponto percentual. “Se continuarmos assim, vamos chegar a 2050 com penetração de 50%. Não é algo que o País pode aceitar, crescer apenas 1 ponto ao ano. Precisamos fazer algo para os próximos cinco anos, a exemplo do que ocorreu com a tecnologia wireless. Hoje o 4G já tem 93% de cobertura e cresceu 115% em março de 2018, uma tecnologia que há três anos quase nem existia”, destacou o executivo.

De Angelis observou que a oferta da banda larga pode ser feita por meios alternativos, entre eles, por fibra óptica até a residência, o FTTH, que está em expansão. Mas reforçou que o acesso wireless tem custo seis vezes menor e tempo de desenvolvimento muito mais baixo. Devido ao custo, a expansão via FTTH demandaria 20 anos, mas o acesso wireless poderia acelerar o atendimento. “Esse é um ativo que tem de ser desenvolvido pela indústria com apoio do poder público”, sugeriu.

De Angelis afirmou que, devido às diferenças socioeconômicas, o problema da banda larga não existe para os 10% mais ricos, para os quais a penetração é de 68%. Segundo ele, é na parcela dos 60% mais pobres que o setor pode construir as oportunidades de negócio.

Entre as propostas para as telecomunicações, ele defendeu a necessidade de priorizar os investimentos a partir dos recursos que surgirão após a aprovação do PLC 79 e da liberação dos fundos setoriais. Ele destacou ainda o acesso à infraestrutura de dutos e postos. E advertiu que não se priorize a arrecadação nos futuros leilões. “Para cada real a mais pago pelas frequências, são menos investimentos”, resumiu De Angelis.

Assista a íntegra da apresetação do presidente da TIM Brasil no Painel Telebrasil 2018.

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